1. (Pucpr 2016) Discutiu-se muito, no
segundo semestre de 2015, no Brasil, a problemática do aumento dos impostos
devido ao deficit de 30 milhões nas contas públicas. Nesse
debate é possível visualizar recorrências a episódios da história política
brasileira, conforme observamos na charge a seguir:
A charge faz menção:
a) à Conjuração Baiana, evento que também
ficou conhecido como Rebelião dos Alfaiates, na qual os revoltosos, além de
questionarem os altos impostos, buscaram fundar um governo monárquico no Brasil
independente de Portugal.
b) à marca do pensamento católico no contexto
do Brasil Colonial, que deu base ideológica para criminalizar e punir os
políticos corruptos.
c) à Revolução Pernambucana, que eclodiu
devido ao aumento de impostos que foi decretado com a chegada da família real
portuguesa ao Brasil em 1808. Esse movimento também foi marcado pela luta pelo
fim da escravidão.
d) à Conjuração Mineira, revolta que ocorreu
em Minas Gerais devido à derrama declarada pela Coroa Portuguesa e aos preços
abusivos que eram cobrados pelas mercadorias importadas.
e) à restrição da liberdade de imprensa, no
contexto do século XIX, que dificultou a emergência de movimentos contrários à
excessiva cobrança de impostos pela Coroa Portuguesa.
2. (F. P. Príncipe 2016) Leia o trecho da
entrevista feita por Fernanda da Escóssia, jornalista da BBC Brasil, ao
diplomata Alberto Costa e Silva sobre seus estudos sobre a História da África e
considere as afirmações a seguir:
[...] Era como se o negro
surgisse no Brasil, como se fosse carente de história. Nenhum povo é carente de
história. E a história da África é uma história extremamente rica e que teve
grande importância na história do Brasil, da mesma maneira que a história
europeia.
De maneira geral, quando se
estuda a história do Brasil, o negro aparece como mão de obra cativa, com
certas exceções de grandes figuras, mulatos ou negros que pontuam a nossa
história. O negro não aparece como o que ele realmente foi, um criador, um
povoador do Brasil, um introdutor de técnicas importantes de produção agrícola
e de mineração do ouro. [...]
[...] Os primeiros fornos de
mineração de ferro em Minas Gerais eram africanos. Fizemos uma história de
escravidão que foi violentíssima, atroz, das mais violentas das Américas, uma
grande ignomínia e motivo de remorso. Começamos agora a ter a noção do que
devemos ao escravo como criador e civilizador do Brasil.
Quando o ouro é descoberto em
Minas Gerais, o governador de Minas escreve uma carta pedindo que mandassem
negros da Costa da Mina, na África, porque "esses negros têm muita sorte,
descobrem ouro com facilidade". Os negros da Costa da Mina não tinham
propriamente sorte: eles sabiam, tinham a tradição milenar de exploração de
ouro, tanto do ouro de bateia dos rios quanto da escavação de minas e corredores
subterrâneos. Boa parte da ourivesaria brasileira tem raízes africanas [...].
Disponível em:
.
Acesso em: 25 nov. 2015.
I. No trecho apresentado da entrevista é possível
destacar a necessidade de um aprofundamento da história africana para uma
melhor compreensão da história brasileira.
II. Para Alberto Costa e Silva, de um modo geral, a
história brasileira não tem considerado os africanos como introdutores de
técnicas de produção agrícola e de exploração de ouro.
III. O diplomata Alberto Costa e Silva não
apresenta nenhum exemplo de documento histórico para firmar o ponto de vista
que defende na entrevista.
IV. Segundo os estudos de Alberto Costa e Silva, é
possível vincular as técnicas de extração de ouro em Minas Gerais no período
colonial às técnicas usadas na exploração desse mesmo minério na Costa da Mina
africana.
São CORRETAS apenas as afirmações:
a) I, II e IV.
b) I.
c) II e IV.
d) II e III.
e) I, II, III e IV.
3. (Uece 2015) A descoberta do ouro no
interior de Minas deslocou parte da população colonial do litoral para o
interior. A região das minas foi ocupada por centenas de novos habitantes que
careciam de tudo: alimentos, roupas, gado, cavalos, produtos europeus e muitos
escravos para trabalhar nas minas. Atente para o que se diz acerca dessa que
ficou conhecida como a “sociedade do ouro”.
I. A base da sociedade mineira eram os africanos
escravizados, que constituíam boa parcela dessa sociedade. E, embora não
representasse a maioria da população, seu trabalho era fundamental.
II. A atividade mineradora também deu origem a uma
camada da sociedade que era extremamente pobre e que tinha sido atraída pela
ilusão do ouro; era formada por escravos libertos e brancos pobres.
III. Havia uma camada média, composta
principalmente de brancos, que incluía pequenos comerciantes, tropeiros e
pequenos produtores de gêneros agrícolas.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I e II apenas.
c) II e III apenas.
d) I e III apenas.
4. (Fgv 2014) O trabalho escravo nas minas tinha
singularidade, era uma realidade bem distinta das áreas agrícolas. O complexo
meio social lhe permitia maior iniciativa e mobilidade.
(Neusa Fernandes, A Inquisição em
Minas Gerais no século XVIII. p. 66)
Acerca da singularidade citada, é correto afirmar
que
a) o Regimento das Minas, publicado em 1702,
determinava que depois de sete anos de cativeiro, os escravos da mineração
seriam automaticamente alforriados.
b) a presença de escravos nas regiões mineiras foi
pequena, pois a especialização da exploração do ouro exigia um número reduzido
de trabalhadores.
c) a dinâmica da economia mineira, no decorrer do
século XVIII, comportou o aumento do número das alforrias pagas, gratuitas ou
condicionais.
d) a exploração aurífera nas Minas Gerais
organizava-se por meio de grandes empresas, o que impediu a formação de
quilombos na região.
e) a preponderância do trabalho livre na mineração
do século XVIII permitiu melhores condições de vida para os escravos indígenas
e africanos.
5. (Unesp 2014) A efervescência que conheceram nas
Minas [Gerais, do século XVIII] as artes e as letras também teve feição
peculiar. Pela primeira vez na Colônia buscava-se solução própria para a
expressão artística.
(Laura Vergueiro. Opulência e
miséria das Minas Gerais, 1983.)
São exemplos do que o texto afirma:
a) a pintura e a escultura renascentistas.
b) a poesia e a pintura românticas.
c) a arquitetura barroca e a poesia árcade.
d) a literatura de viagem e a arquitetura
gótica.
e) a música romântica e o teatro barroco.
6. (Fatec) Podemos dizer que a economia mineradora
do século XVIII, no Brasil,
a) era escravocrata, rigidamente estratificada do
ponto de vista social e tinha em seu topo uma classe proprietária bastante
dependente do capital holandês.
b) baseava-se na grande propriedade e na produção
para exportação; estimulou o aparecimento das primeiras estradas de ferro e
gerou a acumulação de capital posteriormente aplicado em indústrias.
c) era voltada principalmente para as necessidades
do mercado interno; utilizava o trabalho escravo e o livre; difundiu a pequena
propriedade fundiária nas regiões interioranas do Brasil.
d) estimulou o aparecimento de cidades e da classe
média; estruturava-se na base do trabalho livre do colono imigrante e da
pequena propriedade.
e) era rigidamente controlada pelo estado;
empregava o trabalho escravo mas permitia também o aparecimento de pequenos
proprietários e trabalhadores independentes; acabou favorecendo, indiretamente,
a acumulação capitalista que deu origem à Revolução Industrial inglesa.
7. (Fuvest) Podemos afirmar sobre o período da
mineração no Brasil que
a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil
aventureiros de toda espécie, que inviabilizaram a mineração.
b) a exploração das minas de ouro só trouxe
benefícios para Portugal.
c) a mineração deu origem a uma classe média urbana
que teve papel decisivo na independência do Brasil.
d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que
financiou sua exploração.
e) a mineração contribuiu para interligar as várias
regiões do Brasil, e foi fator de diferenciação da sociedade.
8. (Mackenzie) A riqueza produzida pela mineração
trouxe poucos benefícios de caráter permanente à economia luso-brasileira,
porque:
a) a rígida estrutura escravista da zona do ouro
não permitiu alforrias e mobilidade social.
b) o mercado interno não se desenvolveu mantendo-se
a situação de ilhas econômicas.
c) o contrabando e a voracidade do fisco português
não podem ser considerados fatores que colaboraram para este resultado.
d) a região não atraiu mão-de-obra da metrópole,
ocorrendo um povoamento disperso e pouca vida urbana.
e) a dependência econômica de Portugal, em relação
à Inglaterra configurada no Tratado de Methuen, transferiu para este país
grande parte do ouro explorado.
9. (Pucsp) "Assim confabulam, os profetas,
numa reunião fantástica, batida pelos ares de Minas. Onde mais poderíamos
conceber reunião igual, senão em terra mineira, que é o paradoxo mesmo, tão
mística que transforma em alfaias e púlpitos e genuflexórios a febre grosseira
do diamante, do ouro e das pedras de cor?"
(Andrade, C. Drummond de,COLÓQUIO
DAS ESTÁTUAS. In: Mello, S., BARROCO MINEIRO, S. Paulo, Brasiliense, 1985.)
A origem desse traço contraditório que o poeta
afirma caracterizar a sociedade mineira remete a um contexto no qual houve
a) a reafirmação bilateral do Tratado de
Tordesilhas entre Portugal e Espanha e o crescimento da miscigenação racial no
ambiente colonial.
b) o relaxamento na política de distribuição de
terras na colônia e a vigência de uma concepção racionalista de planejamento
das cidades.
c) a diversificação das atividades produtivas na
colônia e a construção de um conjunto artístico e arquitetônico que
singularizou a principal região de mineração.
d) o deslocamento do eixo produtivo do nordeste
para as regiões centrais da colônia e o desenvolvimento de uma estética que
procurava reproduzir as construções românicas europeias.
e) a expansão do território colonial brasileiro e a
introdução, em Minas, da arte conhecida como gótica, especialmente na decoração
dos interiores das igrejas.
10. (Uece) A corrida do ouro em Minas Gerais no
final do século XVII trouxe uma riqueza muito grande para a Coroa portuguesa
mas também exigiu muitos esforços no sentido de fiscalizar a produção e punir o
contrabando. Assinale a expressão correta a respeito das medidas fiscais
empreendidas por Portugal na área das minas:
a) apesar dos protestos dos fidalgos encarregados
da arrecadação, a Coroa portuguesa evitava pressionar os produtores através das
derramas, limitando-se a aumentar os impostos.
b) sem conseguir se impor aos proprietários das
minas, a administração colonial passou a permitir a livre comercialização do
ouro, arrecadando impostos nos portos e nas estradas.
c) a administração colonial instalou as casas de
fundição para regulamentar a produção do ouro e arrecadar mais impostos,
obtendo total apoio dos proprietários das minas.
d) ao aumentar a carga fiscal e as casas de
fundição, a Coroa logrou aumentar a arrecadação de impostos, mas provocou a
revolta dos proprietários das minas.
11. (Unesp) As contradições, amplas e profundas, do
processo histórico das Minas Gerais, acabaram gerando relações que podem ser
entendidas através dos antagonismos: colonizador/colonizado;
dominador/dominado; confidente/inconfidente; opressão fiscal/reação
libertadora. Nesse contexto, a Coroa Portuguesa, em seu próprio benefício,
desenvolveu uma ação "educativa" compreendendo:
a) o estabelecimento de condições adequadas ao
controle democrático da máquina administrativa.
b) a realização de programas intensivos de
prevenção dos súditos contra os abusos das autoridades.
c) o indulto por dívida fiscal e o estímulo à
traição e à delação entre os súditos.
d) o arquivamento do inquérito e queima dos autos
contra os inconfidentes.
e) a promulgação de um novo regime fiscal que
acabava com a prática da sonegação.
12. (Unesp) "E o pior é que a maior parte do
ouro que se tira das minas passa em pó e em moedas para os reinos estranhos e a
menor é a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil, salvo o que se gasta em
cordões, arrecadas e outros brincos, dos quais se veem hoje carregadas as
mulatas de mau viver e as negras, muito mais que as senhoras".
(André João Antonil.
"Cultura e opulência do Brasil", 1711.)
No trecho transcrito, o autor denuncia:
a) a corrupção dos proprietários de lavras no
desvio de ouro em seu próprio benefício e na compra de escravos.
b) a transferência do ouro brasileiro para outros
países em decorrência de acordos comerciais internacionais de Portugal.
c) o prejuízo para o desenvolvimento interno da
colônia e da metrópole gerado pelo contrabando de ouro brasileiro.
d) o controle do ouro por funcionários reais
preocupados em esbanjar dinheiro e dominar o poder local.
e) a ausência de controle fiscal português no
Brasil e o desvio de ouro para o exterior pelos escravos e mineradores
ingleses.
13. (Unirio) O desenvolvimento da economia
mineradora no século XVII teve diferentes repercussões sobre a vida colonial,
conforme se apresenta caracterizado numa das opções a seguir. Assinale-a.
a) Incremento do comércio interno e das atividades
voltadas para o abastecimento na região centro-sul.
b) Movimento de interiorização conhecido como
bandeirismo, responsável pelo fornecimento de mão-de-obra indígena para as
minas.
c) Descentralização da administração colonial para
facilitar o controle da produção.
d) Sufocamento dos movimentos de rebelião, graças à
riqueza material gerada pelo ouro e pela prata.
e) Retorno em massa, para a metrópole, dos colonos
enriquecidos pela nova atividade.
14. (Fuvest) No século XVIII a produção do ouro
provocou muitas transformações na colônia. Entre elas podemos destacar:
a) a urbanização da Amazônia, o início da produção
do tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes.
b) a introdução do tráfico africano, a integração
do índio, a desarticulação das relações com a Inglaterra.
c) a industrialização de São Paulo, a produção de
café no Vale do Paraíba, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais.
d) a preservação da população indígena, a
decadência da produção algodoeira, a introdução de operários europeus.
e) o aumento da produção de alimentos, a integração
de novas áreas por meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico
para o Sul.
15. (Fuvest) Foram características dominantes da
colonização portuguesa na América:
a) pequenas unidades de produção diversificada,
comércio livre e trabalho compulsório.
b) grandes unidades produtivas de exportação,
monopólio do comércio e escravidão.
c) pacto colonial, exploração de minérios e
trabalho livre.
d) latifúndio, produção monocultora e trabalho
assalariado de indígenas.
e) exportação de matérias-primas, minifúndio e
servidão.
16. (Ufsm 2011)
As duas figuras simbolizam dois processos
econômicos que se consolidaram e se expandiram no século XVIII, provocando
amplas e irreversíveis modificações nos respectivos ecossistemas.
As relações históricas entre os dois processos
podem ser consideradas
a) meramente cronológicas, pois ambos se
desenvolveram nos inícios do século XVIII, época em que se expandia, tanto na
Europa quanto nas Américas colonizadas pelos europeus, a utilização do trabalho
escravo dos negros africanos devidamente controlados e administrados pelos seus
proprietários, os membros da elite branca.
b) muito tênues, na medida em que apenas
representam dois exemplos isolados de destruição predatória dos ambientes
naturais, seja para extrair riquezas minerais em zonas rurais despovoadas, seja
para promover a urbanização das cidades industriais afetadas pela poluição,
prevenindo os efeitos danosos dessa poluição na vida e na saúde da crescente
população.
c) significativas, pois, desde a assinatura do
tratado de Methuen (1703), o Estado português ficou subordinado aos interesses
da Inglaterra: como as importações dos 'panos' tecidos pelas manufaturas
inglesas custavam mais caro para Portugal do que as receitas com as exportações
de 'vinhos' para o mercado inglês, o ouro extraído das regiões mineiras da
América colonial lusitana foi amplamente transferido para o mercado inglês, aí
contribuindo para sedimentar as precondições para o desenvolvimento da
Revolução Industrial.
d) de reciprocidade, pois o processo de urbanização
das cidades industriais inglesas inspirou o planejamento urbano das povoações
coloniais americanas que se expandiram para o interior, permitindo antecipar e
corrigir problemas como: ocupação intensa e acelerada, traçado das ruas e das
praças, integração do setor rural com o urbano, articulação com as demais vilas
e cidades e com os portos de escoamento da produção mineira.
e) de modernização, pois os novos produtos da
moderna tecnologia industrial inglesa puderam ser importados pelos
proprietários das minas e dos escravos, permitindo incrementar a produção
colonial, diminuir os custos e obter maiores lucros, dinamizando a economia e a
sociedade da mineração e encaminhando o Estado português para a emancipação da
hegemonia da Inglaterra.
17. (Ufrgs 2007) Observe o gráfico a seguir,
relativo à produção aurífera no Brasil do século XVIII.
Com base nos dados do gráfico, considere as
seguintes afirmações.
I - O auge da produção de ouro em Minas Gerais foi atingido ainda na
primeira metade do século XVIII, mas, na segunda metade do século, a extração
aurífera na capitania entrou em declínio acentuado.
II - A produção aurífera conjunta de Goiás e de Mato Grosso suplantou
durante alguns períodos a produção de ouro da capitania de Minas Gerais.
III - A produção aurífera de Goiás atingiu seu ápice ao mesmo tempo em
que ocorria a queda nos rendimentos do ouro produzido na região de Minas
Gerais.
Quais estão corretas?
( ) Apenas I.
( ) Apenas I e II.
( ) Apenas I e III.
( ) Apenas II e III.
Onde está o gabarito?
ResponderExcluirClique em gabarito logo abaixo
ResponderExcluirClique em gabarito logo abaixo
ResponderExcluirOnde? Não Achei Até Agora!!
ExcluirGabarito , cadê você ?
ResponderExcluirGabarito , cadê você ?
ResponderExcluirbacana
ResponderExcluirgabarito?
ResponderExcluirNão tem o gabarito ;-;
ResponderExcluirOnde esta o gabarito?
ResponderExcluir