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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Nova República: Governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) - Questões de Vestibulares

1. (Pucpr 2016) O rompimento da barragem da Samarco Mineração no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, no dia 05 de novembro de 2015, retomou o debate sobre a privatização da Companhia Vale do Rio Doce. Sobre essa medida do Governo Federal, assinale a alternativa CORRETA.
a) A privatização da Vale do Rio Doce foi encabeçada pelo governo de Fernando Collor de Mello, que tinha uma postura política vinculada ao neoliberalismo mundial.   
b) A privatização da Vale do Rio Doce, no governo de Fernando Henrique Cardoso, e teve como principal objetivo atrair o capital produtivo internacional.   
c) A privatização da Vale do Rio Doce foi negociada no governo do Itamar Franco, como medida de combate à inflação, que alcançou o percentual de 1764 no ano de 1989.   
d) A privatização da Vale do Rio Doce foi encabeçada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso e foi uma medida consensual do ponto de vista político, uma vez que nenhum partido se opôs à ação.   
e) A privatização da Vale do Rio Doce foi feita durante o primeiro governo Lula e teve como principal objetivo atrair o capital especulativo internacional.   
  
2. (Uepa 2015) Leia o texto para responder à questão.

“Um amigo neoliberal (...) confiou-me que o problema crítico no Brasil durante a presidência de Sarney não era uma taxa de inflação demasiado alta – como a maioria dos funcionários do Banco Mundial tolamente acreditava –, mas uma taxa de inflação demasiado baixa. ‘Esperemos que os diques se rompam’, ele disse, ‘precisamos de uma hiperinflação aqui, para condicionar o povo a aceitar a medicina deflacionária drástica que falta neste país’.” 
(ANDERSON, Perry. “Balanço do Neoliberalismo” SADER, Emir & GENTILI, Pablo (orgs.) Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o Estado democrático. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995, p. 11.)

A política deflacionária, mencionada pelo historiador Perry Anderson, foi adotada nos mandatos do Presidente Fernando Henrique Cardoso, com a implantação do Plano Real. São resultados desta política econômica:
a) confisco generalizado da poupança no país e importação em larga escala de manufaturados.   
b) aumento dos gastos com a previdência social e com as políticas de proteção ao desemprego.   
c) estatização em massa de empresas privadas e aumento dos gastos com as empresas públicas.   
d) aumento da taxa de juros, corte de gastos com políticas sociais e ampliação da taxa de desemprego.   
e) controle da taxa de câmbio e congelamento dos preços de bens de consumo.   
  
3. (Pucrs 2015) Associe os nomes dos presidentes brasileiros do período da Nova República (coluna A) às características de sua Presidência (coluna B).

Coluna A
1. José Sarney
2. Fernando Collor de Mello
3. Fernando Henrique Cardoso
4. Luís Inácio “Lula” da Silva

Coluna B
(     ) Seu mandato foi marcado pela busca da estabilida­de monetária, pelo controle da emissão de moedas e pelo baixo crescimento industrial, devido aos efeitos negativos sobre a indústria, decorrentes da abertura da economia brasileira ao mercado internacional.
(     ) Sua presidência foi marcada pela estabilidade monetária, pelo crescimento da economia, im­pulsionado pela exportação de commodities, e pelo incremento do consumo interno, através de políticas de ampliação de renda e crédito, e de redistribuição de renda.
(     ) Seu governo enfrentou uma forte inflação através de planos econômicos como o Plano Cruzado, o Plano Cruzado II e o Plano Verão, que acabaram fracassando e gerando grande impopularidade ao presidente no fim de seu mandato. 
(     ) Em seu mandato, procurou combater a inflação através do confisco da poupança, tentou moderni­zar a economia brasileira, iniciando a sua abertura para o mercado internacional, e enfrentou grande instabilidade política, perdendo o apoio do Con­gresso.
(     ) Tentou marcar o seu governo pelo slogan “Tudo Pelo Social”, promovendo a criação da “farmácia básica” e do seguro desemprego, a extensão dos benefícios da previdência ao trabalhador rural e a aplicação do Programa do Leite.

A numeração correta, de cima para baixo, é
a) 1 – 2 – 3 – 4 – 3   
b) 2 – 3 – 4 – 1 – 2   
c) 3 – 1 – 4 – 2 – 4   
d) 3 – 4 – 1 – 2 – 1   
e) 3 – 4 – 2 – 1 – 4   
  
4. (Uemg 2015) Em 1994, tem início o Plano Real, que foi implementado pelo então Presidente da República, Itamar Franco, e estruturado por seu Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. Passados 20 anos, são notórias as melhorias no ganho em estabilidade, no respeito internacional e na melhoria de renda e qualidade de vida interna de nossa nação. É impossível não se lembrar dos dias de inflação galopante que nos corroía a moeda e a esperança. Como diz Lya Luft, em sua obra O tempo é um rio que corre: “a memória é a guardiã da vida.” Na imagem abaixo fica notório como a inflação corroía nossa economia.
 
Para corrigir a estrutura econômica decadente do país, o Plano Real foi estruturado em uma política de
a) valorização cambial para estimular a importação e a livre concorrência, criação de uma moeda forte.   
b) cortes de zero para recuperação dos valores monetários e criação de programas sociais para melhorar a distribuição de renda.   
c) calote internacional, fortalecimento das micro e pequenas empresas e a redução de gasto público.   
d) dolarização da economia, substituição dos índices que mediam a inflação e ajustes fiscais nas contas do governo.   
  
5. (Cefet MG 2014) A globalização financeira e a livre mobilidade de bens e capitais têm induzido os países da periferia que se integram subordinadamente à economia global a adotarem aberturas financeiras e comerciais indiscriminadas e taxas de juros elevadas como forma de atrair capitais [...].
MATTOSO, Jorge. O Brasil Desempregado. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999.

O governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) é um caso exemplar de subordinação à economia global e teve como desdobramento a (o)
a) dolarização do sistema financeiro nacional e aumento acentuado da inflação.   
b) valorização dos movimentos sindicais e controle governamental sobre os fluxos de capital.   
c) ampliação do processo de nacionalização das empresas privadas e equilíbrio da balança comercial.   
d) elevação da dívida líquida do setor público e redução de sua capacidade de investimento produtivo.   
e) criação de grandes empresas estatais de telecomunicações e melhoria das condições de trabalho industrial.   

6. (Ufrgs) A crítica feita através da charge refere-se um aspecto da política econômica adotada pela administração FHC.
(Fonte: IMPRENSA, no 20, setembro de 1997, p. 86.)

Leia as afirmações a seguir sobre a administração FHC.

I - A administração FHC tem privilegiado a abertura e a desnacionalização da economia do País, a privatização do setor público e uma política de compressão dos salários do funcionalismo público federal. 
II - O governo FHC nega ser um governo de perfil neoliberal e justifica a política de desmantelamento do setor estatal com o discurso da necessidade de modernizar a economia brasileira como condição para inserir-se competitivamente no processo de globalização. 
III - O sucesso do Plano Real e o processo de privatização da economia provocaram sensíveis melhorias sociais junto às massas dos excluídos do campo, esvaziando quase por completo a luta política dos movimentos sociais organizados no meio rural.

Quais estão corretas? 
a) Apenas I 
b) Apenas II 
c) Apenas I e II 
d) Apenas II e III 
e) I, II e III 

7. (Uff 2012) Em outubro de 1994, embalado pelo sucesso do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso foi eleito Presidente da República. Em seu discurso de despedida do Senado, se comprometia a acabar com o que denominava “Era Vargas”:

“(...) Eu acredito firmemente que o autoritarismo é uma página virada na história do Brasil. Resta, contudo, um pedaço do nosso passado político que ainda atravanca o presente e retarda o avanço da sociedade. Refiro-me ao legado da Era Vargas.”
(14/12/1994) 

O presidente eleito governou o Brasil por dois mandatos, iniciando a consolidação da política neoliberal no país, principiada pelos presidentes Collor e Itamar Franco. Sobre os dois mandatos (1995-2002), pode-se afirmar que se caracterizam 
a) pela manutenção do poder aquisitivo dos que se aposentavam; estabelecimento do monopólio nacional sobre as telecomunicações, através das empresas estatais; e nacionalização do sistema financeiro. 
b) pelo elevado crescimento econômico, com média anual de cerca de 5% ao ano; grande investimento em infraestrutura e educação; distribuição de renda; e aumento da capacidade econômica do Estado. 
c) pela política social de inclusão, com a criação da Bolsa Família; facilitação do ingresso de carentes na Universidade; restrição aos investimentos estrangeiros; e elevados incentivos à agricultura familiar. 
d) pelo rompimento com a política econômica originada pelo “Consenso de Washington”; consolidação do sistema financeiro estatal; e reforço da legislação trabalhista gestada na primeira metade do século XX. 
e) pelo limitado crescimento econômico; privatização das empresas estatais; diminuição do tamanho do Estado; e apagão energético, que levou ao racionamento e ao aumento do custo da energia. 

8. (Ufrn) Voltei nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais (...) Quis criar a liberdade nacional na potencialização de nossas riquezas através da Petrobrás; mal ela começa a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente. 
Carta-testamento do presidente Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954. 
DEL PRIORE, Mary et al. "Documentos de história do Brasil: de Cabral aos anos 90". São Paulo: Scipione, 1997. p. 98-99.

O Estado começou a ser transformado para tornar-se mais eficiente, evitar o desperdício e prestar serviços de melhor qualidade à população. (...) Fui escolhido pelo povo (...). Para continuar a construir uma economia estável, moderna, aberta e competitiva. Para prosseguir com firmeza na privatização. Para apoiar os que produzem e geram empregos. E assim recolocar o País na trajetória de um crescimento sustentado, sustentável e com melhor distribuição de riquezas entre os brasileiros. 
Discurso de posse do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2 de janeiro de 1999. 
CARDOSO, F.H. Por um Brasil solidário. "O Estado de São Paulo", 2 jan. 1999. 

Os pronunciamentos de Getúlio Vargas e Fernando Henrique Cardoso foram proferidos em momentos históricos diferentes. Contudo, os dois governantes têm em comum o fato de 
a) sentirem-se pressionados pelas forças democráticas para adotarem um modelo político capaz de assegurar a estabilidade das instituições políticas. 
b) obterem o apoio em massa dos trabalhadores para a implementação de suas respectivas políticas estatais. 
c) sofrerem campanhas contrárias às suas ações políticas, lideradas por movimentos nacionais com o apoio clandestino de grupos internacionais. 
d) referirem-se ao apoio popular para legitimar suas ações, uma vez que chegaram ao poder através do voto direto. 

9. A atuação do Estado no Brasil difere nos governos de Getúlio Vargas e Fernando Henrique Cardoso (FHC), uma vez que
a) para Vargas, ao Estado cabia explorar as riquezas nacionais, base para a construção de uma nação forte; para FHC, ao Estado cabe estimular os investimentos privados, que inserem o país na economia internacional.
b) para Vargas, o Estado tinha a função de organizar os trabalhadores em sindicatos internacionais; para FHC, o Estado situa-se acima das classes sociais, estando assim impossibilitado de intervir nas questões trabalhistas.
c) Vargas concebia um Estado capaz de promover a aliança entre a burguesia nacional e a burguesia internacional; FHC concebe um Estado independente em relação aos diferentes grupos econômicos.
d) Vargas estimulou a criação de empresas privadas com capital nacional em substituição às empresas públicas; FHC defende a privatização das empresas estatais como meio de manter a estabilidade da economia. 

10. (ANGLO/SIMULADO/2008) Observe os dois gráficos a seguir e responda à questão.
 
Os dados apresentados pelos gráficos da evolução anual do Produto Interno Bruto brasileiro e da evolução da dívida externa do país nos permitem concluir que: 
a) antes de 2003 o Brasil estava mais endividado, mas o PIB era maior do que em 2007. 
b) a dívida externa foi zerada porque o crescimento do PIB, nos dez anos entre 1998 e 2008, foi constante. 
c) o país vive uma fase de estabilidade econômica e financeira, com razoável capacidade para enfrentar crises em alguns mercados externos. 
d) os períodos de governo FHC e Lula apresentam idênticos desempenhos nos planos da variação do PIB e da dívida externa. 
e) o volume das aplicações financeiras do Brasil foi equivalente ao volume total do PIB nacional, em 2007. 

11. (Puc)

I. "Na relação Estado/mercado, o presidente opta pelo privilégio deste, fonte do dinamismo, da modernização, dos gastos racionais - o mercado como melhor alocador de recursos, em contraposição ao Estado ineficiente, desperdiçador, irracional. Bastaria o Estado ser passado a limpo, para que a crise brasileira fosse superada, conduzida pela economia privada, livre das travas do Estado". 
II. "Não é uma estabilidade ancorada num desenvolvimento econômico que, ao expressar a força de nossa economia, pudesse determinar a paridade com o dólar pela equiparação das duas economias. É um mecanismo basicamente financeiro, que se apoia na entrada maciça de capitais especulativos, pressionando o preço do dólar para baixo."

Os textos identificam, respectivamente, uma crítica à política
a) intervencionista do presidente Ernesto Geisel e ao II Plano Nacional de Desenvolvimento.
b) autoritária do presidente João Batista Figueiredo e ao Plano Cruzado II.
c) liberal do presidente Fernando Collor de Mello e ao Plano Brasil Novo.
d) neoliberal do presidente Fernando Henrique Cardoso e ao Plano Real.
e) populista do presidente Itamar Franco e ao Plano Verão. 

12. Desde o início dos anos 90 o Brasil vem experimentando os efeitos das políticas adotadas pelos Governos Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. As principais características deste modelo político, considerado por muitos como neoliberal, são
a) o pleno emprego e o desenvolvimento econômico, com base nos investimentos estatais e nas parcerias com o setor financeiro.
b) o controle da inflação e da dívida pública, a partir da redução dos impostos, da negociação da dívida externa e da elevação salarial.
c) a redução da interferência do Estado na economia (Estado-mínimo), a abertura ao capital externo e às privatizações, além da redução de gastos do Estado, através de reformas constitucionais.
d) os investimentos exclusivos na política de bem-estar social, expressos nos assentamentos dos Sem Terra e na Ação da Cidadania Contra a Fome, privilegiando a redistribuição de renda e a permanência do homem no campo.
e) a valorização das organizações dos trabalhadores, visando construir parcerias na luta contra o desemprego. 

13. Tendo em vista as relações do Brasil com os blocos econômicos e organismos comerciais e financeiros do mundo contemporâneo, a política externa dos governos de Fernando Henrique Cardoso, em linhas gerais, caracterizou-se
a) pelo abandono da ALALC, em vista da participação ativa no NAFTA.
b) pela oposição permanente à OMC, devido a pressões do FMI.
c) pela participação nas negociações da ALCA, preservando a liderança no MERCOSUL.
d) pela participação ativa nos foros da OCDE, buscando o fortalecimento da ALADI.
e) pelo afastamento da OEA, ampliando a participação nos foros econômicos da ONU.

14. Leia os textos. 

"A crise econômica recente no Brasil demonstra que qualquer país está ameaçado por turbulências informativas e movimentos especulativos nos mercados financeiros globais." 
(Manuel Castells. "Folha de S. Paulo", 23/05/99. Cad. Mais, p. 5) 

(...) uma crise aguda da economia brasileira seria transmitida a toda a América Latina e provocaria uma catástrofe nos Estados Unidos, que destinam 20% de suas exportações a essa região. A Europa, evidentemente, também não seria poupada por uma crise geral da economia. Foi menos o futuro do Brasil do que o medo de uma tal crise mundial que mobilizou uma ajuda internacional considerável para livrar o país dos apuros." 
(Alain Touraine. "Folha de S.Paulo". 31/01/99. Cad. Mais. p. 5) 


O Plano Real, adotado pelo Governo de Itamar Franco, em 1994, contribuiu para a eleição do Presidente Fernando Henrique Cardoso. No início de 1999, o Plano Real sofreu uma crise que fez cair os índices de popularidade do Presidente. De acordo com os textos, essa crise estava relacionada, principalmente,
a) à fuga de capitais ocorrida no final de 1998, que provocou uma redução nas divisas e a desvalorização cambial.
b) aos conflitos entre Brasil e Argentina, na definição das taxas alfandegárias para importação/exportação de alimentos.
c) aos baixos investimentos do Governo nas áreas sociais, especialmente na saúde, educação e moradia.
d) à falta de decisão política do Governo para enfrentar os problemas decorrentes da baixa oferta de trabalho.
e) ao retorno do processo inflacionário com a consequente adoção da política de indexação da economia. 

15. A vitória de Fernando Henrique Cardoso nas eleições presidenciais de 1994 teve como fator decisivo a
a) adoção de uma política eficaz de controle da natalidade, visando a conscientizar parcela da população menos favorecida.
b) redução da criminalidade no campo, devido ao programa de reforma agrária que prevê tolerância em relação à invasão de terras improdutivas no país.
c) política externa de importação de produtos do Mercosul, com o objetivo de reduzir as taxas alfandegárias, resultando em preços mais atrativos no mercado brasileiro.
d) implantação do Plano Real, que criou uma moeda estável no país após décadas de inflação.
e) queda do desemprego devido à adoção do piano de estatização e intervenção reguladora do Estado na economia.

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