1. (Pucpr
2016) O rompimento da barragem da Samarco Mineração no distrito de Bento
Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, no dia 05 de novembro de 2015, retomou o
debate sobre a privatização da Companhia Vale do Rio Doce. Sobre essa medida do
Governo Federal, assinale a alternativa CORRETA.
a) A privatização da Vale do Rio
Doce foi encabeçada pelo governo de Fernando Collor de Mello, que tinha uma
postura política vinculada ao neoliberalismo mundial.
b) A privatização da Vale do Rio
Doce, no governo de Fernando Henrique Cardoso, e teve como principal objetivo
atrair o capital produtivo internacional.
c) A privatização da Vale do Rio
Doce foi negociada no governo do Itamar Franco, como medida de combate à
inflação, que alcançou o percentual de 1764 no ano de 1989.
d) A privatização da Vale do Rio
Doce foi encabeçada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso e foi uma medida
consensual do ponto de vista político, uma vez que nenhum partido se opôs à
ação.
e) A privatização da Vale do Rio
Doce foi feita durante o primeiro governo Lula e teve como principal objetivo
atrair o capital especulativo internacional.
2. (Uepa
2015) Leia o texto para responder à questão.
“Um amigo neoliberal
(...) confiou-me que o problema crítico no Brasil durante a presidência de
Sarney não era uma taxa de inflação demasiado alta – como a maioria dos
funcionários do Banco Mundial tolamente acreditava –, mas uma taxa de inflação
demasiado baixa. ‘Esperemos que os diques se rompam’, ele disse, ‘precisamos de
uma hiperinflação aqui, para condicionar o povo a aceitar a medicina
deflacionária drástica que falta neste país’.”
(ANDERSON, Perry.
“Balanço do Neoliberalismo” SADER, Emir & GENTILI, Pablo (orgs.)
Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o Estado democrático. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1995, p. 11.)
A política deflacionária, mencionada pelo
historiador Perry Anderson, foi adotada nos mandatos do Presidente Fernando Henrique
Cardoso, com a implantação do Plano Real. São resultados desta política
econômica:
a) confisco generalizado da
poupança no país e importação em larga escala de manufaturados.
b) aumento dos gastos com a
previdência social e com as políticas de proteção ao desemprego.
c) estatização em massa de
empresas privadas e aumento dos gastos com as empresas públicas.
d) aumento da taxa de juros, corte
de gastos com políticas sociais e ampliação da taxa de desemprego.
e) controle da taxa de câmbio e congelamento
dos preços de bens de consumo.
3. (Pucrs
2015) Associe os nomes dos presidentes brasileiros do período da Nova
República (coluna A) às características de sua Presidência (coluna B).
Coluna A
1. José Sarney
2. Fernando Collor de Mello
3. Fernando Henrique Cardoso
4. Luís Inácio “Lula” da Silva
Coluna B
( ) Seu
mandato foi marcado pela busca da estabilidade monetária, pelo controle da
emissão de moedas e pelo baixo crescimento industrial, devido aos efeitos
negativos sobre a indústria, decorrentes da abertura da economia brasileira ao
mercado internacional.
( ) Sua
presidência foi marcada pela estabilidade monetária, pelo crescimento da
economia, impulsionado pela exportação de commodities, e pelo incremento do
consumo interno, através de políticas de ampliação de renda e crédito, e de
redistribuição de renda.
( ) Seu
governo enfrentou uma forte inflação através de planos econômicos como o Plano
Cruzado, o Plano Cruzado II e o Plano Verão, que acabaram fracassando e gerando
grande impopularidade ao presidente no fim de seu mandato.
( ) Em seu
mandato, procurou combater a inflação através do confisco da poupança, tentou
modernizar a economia brasileira, iniciando a sua abertura para o mercado
internacional, e enfrentou grande instabilidade política, perdendo o apoio do
Congresso.
( ) Tentou
marcar o seu governo pelo slogan “Tudo Pelo Social”, promovendo a criação da
“farmácia básica” e do seguro desemprego, a extensão dos benefícios da
previdência ao trabalhador rural e a aplicação do Programa do Leite.
A numeração correta, de cima para baixo, é
a) 1 – 2 – 3 – 4 – 3
b) 2 – 3 – 4 – 1 – 2
c) 3 – 1 – 4 – 2 – 4
d) 3 – 4 – 1 – 2 – 1
e) 3 – 4 – 2 – 1 – 4
4. (Uemg
2015) Em 1994, tem início o Plano Real, que foi implementado pelo então
Presidente da República, Itamar Franco, e estruturado por seu Ministro da
Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. Passados 20 anos, são notórias as melhorias
no ganho em estabilidade, no respeito internacional e na melhoria de renda e
qualidade de vida interna de nossa nação. É impossível não se lembrar dos dias
de inflação galopante que nos corroía a moeda e a esperança. Como diz Lya Luft,
em sua obra O tempo é um rio que corre: “a memória é a guardiã da
vida.” Na imagem abaixo fica notório como a inflação corroía nossa economia.
Para corrigir a estrutura econômica decadente do
país, o Plano Real foi estruturado em uma política de
a) valorização cambial para
estimular a importação e a livre concorrência, criação de uma moeda forte.
b) cortes de zero para recuperação
dos valores monetários e criação de programas sociais para melhorar a
distribuição de renda.
c) calote internacional,
fortalecimento das micro e pequenas empresas e a redução de gasto público.
d) dolarização da economia,
substituição dos índices que mediam a inflação e ajustes fiscais nas contas do
governo.
5. (Cefet
MG 2014) A globalização financeira e a livre mobilidade de bens e capitais
têm induzido os países da periferia que se integram subordinadamente à economia
global a adotarem aberturas financeiras e comerciais indiscriminadas e taxas de
juros elevadas como forma de atrair capitais [...].
MATTOSO, Jorge. O
Brasil Desempregado. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999.
O governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)
é um caso exemplar de subordinação à economia global e teve como desdobramento
a (o)
a) dolarização do sistema
financeiro nacional e aumento acentuado da inflação.
b) valorização dos movimentos
sindicais e controle governamental sobre os fluxos de capital.
c) ampliação do processo de
nacionalização das empresas privadas e equilíbrio da balança comercial.
d) elevação da dívida líquida do
setor público e redução de sua capacidade de investimento produtivo.
e) criação de grandes empresas
estatais de telecomunicações e melhoria das condições de trabalho industrial.
6. (Ufrgs) A crítica feita através da
charge refere-se um aspecto da política econômica adotada pela administração
FHC.
(Fonte: IMPRENSA, no 20, setembro de
1997, p. 86.)
Leia as afirmações a seguir sobre a
administração FHC.
I - A
administração FHC tem privilegiado a abertura e a desnacionalização da economia
do País, a privatização do setor público e uma política de compressão dos
salários do funcionalismo público federal.
II - O
governo FHC nega ser um governo de perfil neoliberal e justifica a política de
desmantelamento do setor estatal com o discurso da necessidade de modernizar a
economia brasileira como condição para inserir-se competitivamente no processo
de globalização.
III - O
sucesso do Plano Real e o processo de privatização da economia provocaram
sensíveis melhorias sociais junto às massas dos excluídos do campo, esvaziando
quase por completo a luta política dos movimentos sociais organizados no meio
rural.
Quais estão corretas?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas I e II
d) Apenas II e III
e) I, II e III
7. (Uff 2012) Em outubro de 1994,
embalado pelo sucesso do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso foi eleito
Presidente da República. Em seu discurso de despedida do Senado, se comprometia
a acabar com o que denominava “Era Vargas”:
“(...) Eu acredito
firmemente que o autoritarismo é uma página virada na história do Brasil.
Resta, contudo, um pedaço do nosso passado político que ainda atravanca o
presente e retarda o avanço da sociedade. Refiro-me ao legado da Era Vargas.”
(14/12/1994)
O presidente eleito governou o Brasil
por dois mandatos, iniciando a consolidação da política neoliberal no país,
principiada pelos presidentes Collor e Itamar Franco. Sobre os dois mandatos
(1995-2002), pode-se afirmar que se caracterizam
a) pela manutenção do poder aquisitivo
dos que se aposentavam; estabelecimento do monopólio nacional sobre as
telecomunicações, através das empresas estatais; e nacionalização do sistema
financeiro.
b) pelo elevado crescimento econômico,
com média anual de cerca de 5% ao ano; grande investimento em infraestrutura e
educação; distribuição de renda; e aumento da capacidade econômica do
Estado.
c) pela política social de inclusão,
com a criação da Bolsa Família; facilitação do ingresso de carentes na
Universidade; restrição aos investimentos estrangeiros; e elevados incentivos à
agricultura familiar.
d) pelo rompimento com a política
econômica originada pelo “Consenso de Washington”; consolidação do sistema
financeiro estatal; e reforço da legislação trabalhista gestada na primeira metade
do século XX.
e) pelo limitado crescimento econômico;
privatização das empresas estatais; diminuição do tamanho do Estado; e apagão
energético, que levou ao racionamento e ao aumento do custo da energia.
8. (Ufrn) Voltei nos braços do
povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos
nacionais (...) Quis criar a liberdade nacional na potencialização de nossas
riquezas através da Petrobrás; mal ela começa a funcionar, a onda de agitação
se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o
trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente.
Carta-testamento do
presidente Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954.
DEL PRIORE, Mary et
al. "Documentos de história do Brasil: de Cabral aos anos 90". São
Paulo: Scipione, 1997. p. 98-99.
O Estado começou a ser transformado
para tornar-se mais eficiente, evitar o desperdício e prestar serviços de
melhor qualidade à população. (...) Fui escolhido pelo povo (...). Para
continuar a construir uma economia estável, moderna, aberta e competitiva. Para
prosseguir com firmeza na privatização. Para apoiar os que produzem e geram
empregos. E assim recolocar o País na trajetória de um crescimento sustentado,
sustentável e com melhor distribuição de riquezas entre os brasileiros.
Discurso de posse do
presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2 de janeiro de 1999.
CARDOSO, F.H. Por um
Brasil solidário. "O Estado de São Paulo", 2 jan. 1999.
Os pronunciamentos de Getúlio Vargas e
Fernando Henrique Cardoso foram proferidos em momentos históricos diferentes.
Contudo, os dois governantes têm em comum o fato de
a) sentirem-se pressionados pelas
forças democráticas para adotarem um modelo político capaz de assegurar a
estabilidade das instituições políticas.
b) obterem o apoio em massa dos
trabalhadores para a implementação de suas respectivas políticas
estatais.
c) sofrerem campanhas contrárias às
suas ações políticas, lideradas por movimentos nacionais com o apoio
clandestino de grupos internacionais.
d) referirem-se ao apoio popular para
legitimar suas ações, uma vez que chegaram ao poder através do voto
direto.
9. A atuação do Estado no Brasil difere
nos governos de Getúlio Vargas e Fernando Henrique Cardoso (FHC), uma vez que
a) para Vargas, ao Estado cabia
explorar as riquezas nacionais, base para a construção de uma nação forte; para
FHC, ao Estado cabe estimular os investimentos privados, que inserem o país na
economia internacional.
b) para Vargas, o Estado tinha a função
de organizar os trabalhadores em sindicatos internacionais; para FHC, o Estado
situa-se acima das classes sociais, estando assim impossibilitado de intervir
nas questões trabalhistas.
c) Vargas concebia um Estado capaz de
promover a aliança entre a burguesia nacional e a burguesia internacional; FHC
concebe um Estado independente em relação aos diferentes grupos econômicos.
d) Vargas estimulou a criação de
empresas privadas com capital nacional em substituição às empresas públicas;
FHC defende a privatização das empresas estatais como meio de manter a
estabilidade da economia.
10. (ANGLO/SIMULADO/2008) Observe os
dois gráficos a seguir e responda à questão.
Os dados apresentados pelos gráficos da
evolução anual do Produto Interno Bruto brasileiro e da evolução da dívida
externa do país nos permitem concluir que:
a) antes de 2003 o Brasil estava mais
endividado, mas o PIB era maior do que em 2007.
b) a dívida externa foi zerada porque o
crescimento do PIB, nos dez anos entre 1998 e 2008, foi constante.
c) o país vive uma fase de estabilidade
econômica e financeira, com razoável capacidade para enfrentar crises em alguns
mercados externos.
d) os períodos de governo FHC e Lula
apresentam idênticos desempenhos nos planos da variação do PIB e da dívida externa.
e) o volume das aplicações financeiras
do Brasil foi equivalente ao volume total do PIB nacional, em 2007.
11. (Puc)
I. "Na
relação Estado/mercado, o presidente opta pelo privilégio deste, fonte do
dinamismo, da modernização, dos gastos racionais - o mercado como melhor
alocador de recursos, em contraposição ao Estado ineficiente, desperdiçador,
irracional. Bastaria o Estado ser passado a limpo, para que a crise brasileira
fosse superada, conduzida pela economia privada, livre das travas do Estado".
II. "Não
é uma estabilidade ancorada num desenvolvimento econômico que, ao expressar a
força de nossa economia, pudesse determinar a paridade com o dólar pela
equiparação das duas economias. É um mecanismo basicamente financeiro, que se
apoia na entrada maciça de capitais especulativos, pressionando o preço do
dólar para baixo."
Os textos identificam, respectivamente, uma crítica à política
a) intervencionista do presidente
Ernesto Geisel e ao II Plano Nacional de Desenvolvimento.
b) autoritária do presidente João
Batista Figueiredo e ao Plano Cruzado II.
c) liberal do presidente Fernando
Collor de Mello e ao Plano Brasil Novo.
d) neoliberal do presidente Fernando
Henrique Cardoso e ao Plano Real.
e) populista do presidente Itamar
Franco e ao Plano Verão.
12. Desde o início dos anos 90 o Brasil
vem experimentando os efeitos das políticas adotadas pelos Governos Collor,
Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. As principais características deste
modelo político, considerado por muitos como neoliberal, são
a) o pleno emprego e o desenvolvimento
econômico, com base nos investimentos estatais e nas parcerias com o setor
financeiro.
b) o controle da inflação e da dívida
pública, a partir da redução dos impostos, da negociação da dívida externa e da
elevação salarial.
c) a redução da interferência do Estado
na economia (Estado-mínimo), a abertura ao capital externo e às privatizações,
além da redução de gastos do Estado, através de reformas constitucionais.
d) os investimentos exclusivos na
política de bem-estar social, expressos nos assentamentos dos Sem Terra e na
Ação da Cidadania Contra a Fome, privilegiando a redistribuição de renda e a
permanência do homem no campo.
e) a valorização das organizações dos
trabalhadores, visando construir parcerias na luta contra o desemprego.
13. Tendo em vista as relações do
Brasil com os blocos econômicos e organismos comerciais e financeiros do mundo
contemporâneo, a política externa dos governos de Fernando Henrique Cardoso, em
linhas gerais, caracterizou-se
a) pelo abandono da ALALC, em vista da
participação ativa no NAFTA.
b) pela oposição permanente à OMC,
devido a pressões do FMI.
c) pela participação nas negociações da
ALCA, preservando a liderança no MERCOSUL.
d) pela participação ativa nos foros da
OCDE, buscando o fortalecimento da ALADI.
e) pelo afastamento da OEA, ampliando a
participação nos foros econômicos da ONU.
14. Leia os textos.
"A crise econômica recente no Brasil demonstra
que qualquer país está ameaçado por turbulências informativas e movimentos
especulativos nos mercados financeiros globais."
(Manuel Castells.
"Folha de S. Paulo", 23/05/99. Cad. Mais, p. 5)
(...) uma crise aguda
da economia brasileira seria transmitida a toda a América Latina e provocaria
uma catástrofe nos Estados Unidos, que destinam 20% de suas exportações a essa
região. A Europa, evidentemente, também não seria poupada por uma crise geral
da economia. Foi menos o futuro do Brasil do que o medo de uma tal crise
mundial que mobilizou uma ajuda internacional considerável para livrar o país
dos apuros."
(Alain Touraine.
"Folha de S.Paulo". 31/01/99. Cad. Mais. p. 5)
O Plano Real, adotado pelo Governo de
Itamar Franco, em 1994, contribuiu para a eleição do Presidente Fernando
Henrique Cardoso. No início de 1999, o Plano Real sofreu uma crise que fez cair
os índices de popularidade do Presidente. De acordo com os textos, essa crise
estava relacionada, principalmente,
a) à fuga de capitais ocorrida no final
de 1998, que provocou uma redução nas divisas e a desvalorização cambial.
b) aos conflitos entre Brasil e
Argentina, na definição das taxas alfandegárias para importação/exportação de
alimentos.
c) aos baixos investimentos do Governo
nas áreas sociais, especialmente na saúde, educação e moradia.
d) à falta de decisão política do
Governo para enfrentar os problemas decorrentes da baixa oferta de trabalho.
e) ao retorno do processo inflacionário
com a consequente adoção da política de indexação da economia.
15. A vitória de Fernando Henrique
Cardoso nas eleições presidenciais de 1994 teve como fator decisivo a
a) adoção de uma política eficaz de
controle da natalidade, visando a conscientizar parcela da população menos
favorecida.
b) redução da criminalidade no campo,
devido ao programa de reforma agrária que prevê tolerância em relação à invasão
de terras improdutivas no país.
c) política externa de importação de
produtos do Mercosul, com o objetivo de reduzir as taxas alfandegárias,
resultando em preços mais atrativos no mercado brasileiro.
d) implantação do Plano Real, que criou
uma moeda estável no país após décadas de inflação.
e) queda do desemprego devido à adoção
do piano de estatização e intervenção reguladora do Estado na economia.
Raoni
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