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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Bolivarismo e Chavismo - Questões de Vestibulares

1. (Pucrj 2013) Dos movimentos ligados às lutas sociais na América Latina, um deles se projetou na América do Sul, a partir dos anos de 1980, quando passou a cunhar discursos libertadores, nacionalistas e emancipatórios na região, originados nos ideais liberais e anti-imperialistas do início do século XIX.
Tal movimento vem se espalhando, na atualidade, nos países sul-americanos, consolidando-se como uma importante força geopolítica continental chamada:
a) Maoísmo. 
b) Castrismo. 
c) Laoísmo. 
d) Senderismo. 
e) Bolivarianismo.

2. (Unesp 2013)  Leia.
É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com um único vínculo que ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem uma só origem, uma só língua, mesmos costumes e uma só religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo que confederasse os diferentes Estados que haverão de se formar; mas tal não é possível, porque climas remotos, situações diversas, interesses opostos e caracteres dessemelhantes dividem a América.
(Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815]. Simón Bolívar: política, 1983.)

O texto foi escrito durante as lutas de independência na América Hispânica. Podemos dizer que,
a) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade americana e, em sua ação política e militar, reagiu à iniciativa autonomista do Brasil.   
b) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar combateu as propostas de independência e unidade da América e se empenhou na manutenção de sua condição de colônia espanhola.   
c) conforme afirma na carta, Bolívar defendeu a unidade americana e se esforçou para que a América Hispânica se associasse ao Brasil na luta contra a hegemonia norte-americana no continente.   
d) conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a diversidade geográfica e política do continente, mas tentou submeter o Brasil à força militar hispano-americana.   
e) conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu sonho de unidade americana, mas, em sua ação política e militar, reconheceu que as diferenças internas eram insuperáveis.

3. (Fgv 2009) Na Carta da Jamaica, de 1815, [Simon Bolívar] escreveu: "Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na América a maior nação do mundo, menos por sua extensão e riquezas do que pela liberdade e glória".
            (Flavio de Campos e Renan Garcia Miranda, "Oficina de História - história integrada")

A intenção de uma América hispânica independente e formando um único país, entre outros motivos, não prevaleceu em razão:
a) de um acordo entre franceses e ingleses, assinado no Congresso de Viena. 
b) do interesse espanhol em enfraquecer o poderoso Vice-Reinado da Nova Granada.   
c) dos fortes e decisivos interesses ingleses, norte-americanos e das próprias elites locais da América.   
d) da deliberada ação do Brasil, preocupado com a formação de um poderoso Estado na América.   
e) das tensões entre as elites do México e Peru, que disputavam a hegemonia sobre a América.   

4. (Cesgranrio 2000) O sonho de união da América Latina é muito antigo. Bolívar foi o primeiro que formulou o ideal de integração americana. Várias propostas surgiram posteriormente até chegarmos ao Mercosul. Assinale a opção que contém um dos objetivos de Bolívar.
a) Emancipar a América Latina como uma associação comercial unitária, que, posteriormente daria a origem à ALALC.   
b) Desenvolver a industrialização no continente sob a hegemonia norte-americana para fazer frente à forte economia inglesa.   
c) Desenvolver a solidariedade continental em torno da hegemonia do Canadá, estabelecendo um intercâmbio direto deste com todos os países latino-americanos.   
d) Estabelecer uma política separatista respeitando as diferenças culturais e até linguísticas entre os países latino-americanos.   
e) Criar uma Confederação dos Estados Americanos face à possível contraofensiva da Europa apoiada pela Santa Aliança.   

5. (Uerj 2007) 

A partir da classificação anterior proposta, os aspectos que marcariam o estilo dos novos caudilhos na América Latina são:
a) liberalismo e tolerância da violência urbana   
b) capitalismo e ênfase na gestão eficiente da economia   
c) nacionalismo e redução de investimentos em obras públicas 
d) neopopulismo e não-alinhamento à internacionalização econômica 

6. (Cesgranrio 2010) “O antigo presidente da Polônia e Prêmio Nobel da Paz Lech Walesa deu o primeiro empurrão no dominó gigante que simboliza a queda do Muro de Berlim, cujo 20o aniversário se assinala hoje.”
O Globo, 09 nov. 2009.


A caricatura publicada no dia seguinte às comemorações pelos 20 anos da queda do Muro de Berlim faz alusão à
a) radicalização dos governos latino-americanos que compõem o MERCOSUL frente ao possível ingresso da Venezuela na organização econômica.   
b) reação do presidente venezuelano Hugo Chávez ao rechaçar a influência norte-americana na ação de Walesa contra a permanência do comunismo na Polônia.   
c) tentativa de manutenção dos princípios da Revolução Bolivariana no governo de Hugo Chávez, com a finalidade de conquistar o apoio popular para a concretização das reformas venezuelanas.   
d) postura centralizadora do presidente venezuelano Hugo Chavez ao tentar conter a onda liberal que caracterizou a derrubada do muro, símbolo do socialismo autoritário do leste europeu no pós-guerra.   
e) postura liberal-democrática do presidente boliviano Evo Morales ao tentar barrar a expansão do socialismo, que foi o grande impulso ideológico na trajetória de Lech Walesa durante a Guerra Fria.   

7. (Puc-rio 2006) 

Observe a charge anteriormente apresentada. Ela se refere a uma liderança política da América do Sul bastante controversa: o presidente Hugo Chávez. Em relação a ele e ao país por ele representado, é CORRETO afirmar que:
a) com a subida desse "cocalero" ao poder, a presença das transnacionais no país, principalmente as norte-americanas, deverá se tornar bem mais complexa, já que a plataforma política implementada nesse país sul-americano tem um forte teor nacionalista (principalmente em relação os petróleo) que fere os interesses internacionalistas da atual política de George Bush. 
b) a população de origem indígena do país (mais de 80%) conseguiu, depois de décadas de "governos brancos", eleger um dos seus representantes étnicos mais simbólicos, já que além da afinidade cultural, esse representante ameríndio do país andino localizado no centro da América do Sul, tem a sua origem nas tradicionais plantações de coca dos Altiplanos. 
c) o populismo de Chávez e o crescimento de sua influência política continental têm sido minados pelo discurso de algumas lideranças sul e norte-americanas que afirmam ser o atual presidente do país um incentivador do narcotráfico por beneficiar os produtores de coca como ele mesmo o é. 
d) com a chegada ao poder desse político de história controversa (pois ele tentou dar um golpe militar no país, no início da década de 1990), a nação sul-americana se dividiu entre os que o amam e os que o odeiam, e o seu discurso populista acendeu a "luz amarela" do governo norte-americano em relação à sua influência política continental de forte alinhamento cubano e do aumento do controle estatal sobre as reservas de petróleo.
e) Hugo Chávez teve um papel geopolítico fundamental na América do Sul, ao longo da década de 1990, já que o país que governa é um dos grandes produtores mundiais de petróleo; porém, com a chegada de Evo Morales ao governo boliviano, em 2006, houve uma redução da influência chavista no continente, aumentando a integração geoeconômica entre a Bolívia e o Brasil.
   
8. (Mackenzie 2001) O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou ontem a concentrar a atenção internacional ao tornar-se o primeiro chefe de Estado a fazer uma visita oficial ao Iraque desde o fim da Guerra do Golfo, em 1991. A viagem faz parte de seu tour pelos países membros da OPEP (...)
                ("O Estado de São Paulo" - 11/08/2000)

A visita do presidente venezuelano justifica-se:
a) pela necessidade de obter apoio interno, uma vez que sua eleição é contestada por vários grupos de oposição venezuelanos.   
b) pelo fato da Venezuela ser membro da OPEP e o 3o maior exportador mundial de petróleo e temer um aumento da produção e consequente queda de preços do produto.
c) pela necessidade de conseguir importar petróleo a preços subsidiados, aliviando a pressão inflacionária na Venezuela.   
d) para tentar reduzir os preços internacionais do petróleo, favorecendo as exportações venezuelanas do produto, principalmente para os EUA.   
e) para se antepor ao isolamento da Venezuela junto à comunidade internacional, que questiona a lisura da eleição de Chávez.   

9. (Cftmg 2010)  "POR QUÉ NO TE CALLAS?"
DO REI PARA CHÁVEZ VIRA RINGTONE NA ESPANHA

Muitos espanhóis acharam tão divertido o pedido do rei Juan Carlos para que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, se calasse que resolveram ouvir as palavras do soberano várias vezes ao dia.

Quase 500 mil pessoas já baixaram o toque para celulares em que se escuta o rei espanhol dizendo "Por qué no te callas?". A frase foi dita durante uma discussão com o presidente Chávez na XVII Cúpula ibero-americana, realizada no Chile na semana passada.
O novo ringtone já teria gerado uma renda de US$ 2,2 milhões para as companhias que o distribuem, segundo o jornal El País. Aproveitando a febre, empresários já estão criando camisetas e outros produtos com frase que virou hit. No YouTube, vídeos da discussão também receberam milhares de acessos.”
Disponível em: . Acesso em 15 ago. 2009.
A reportagem acima tem como tema central um fenômeno da sociedade contemporânea, que explicita a
a) disseminação da ideia de superioridade europeia em relação às suas ex-colônias.   
b) manipulação midiática com o objetivo de fortalecer as ações políticas de governos populistas.   
c) apropriação frequente de acontecimentos sociais e políticos pelo mercado da mídia eletrônica.
d) discussão política, deflagradora de sérias crises diplomáticas, como alvo de ridicularização por pessoas não-politizadas. 
  
10. (Unifesp 2007) A presença, no cenário político hispano-americano atual, de personalidades como Hugo Chávez na Venezuela, Néstor Kirchner na Argentina e Evo Morales na Bolívia, tem sido interpretada por analistas liberal-conservadores de todo o mundo como uma
a) incógnita, tendo em vista seu caráter inédito.   
b) novidade promissora para o futuro da região.   
c) imitação do regime comunista cubano.   
d) espécie de retorno da figura do caudilho. 
e) volta ao populismo típico do século XIX.

11. (Pucsp 2006) A Escola de Samba Vila Isabel apresentou no Carnaval carioca de 2006 um enredo que defendia a unidade e a integração latino-americanas. É correto afirmar que
a) o desfile foi patrocinado por empresas petrolíferas venezuelanas que, assim, demonstraram sua insatisfação com a política externa isolacionista do governo Hugo Chávez. 
b) a unidade latino-americana é atualmente sólida e inquestionável, dada a eficácia de mecanismos de integração comercial, como o Mercosul, o Nafta e a Alca. 
c) o esforço de algumas iniciativas integradoras não conseguiu, até hoje, se impor, dadas as disputas regionais e os conflitos de interesses entre países latino-americanos. 
d) a integração latino-americana existe desde a independência e resultou da atuação militar e política de Simón Bolívar, que propôs e consumou a unidade da América. 
e) o tema da unidade latino-americana é bastante debatido pela diplomacia, mas não encontra apoio na população dos países, que nutre forte sentimento xenófobo.

12. (Fgv 2002)  Em 12 de abril de 2002, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi deposto por um golpe civil e militar. Alguns dias depois, uma reviravolta política permitiu que Chávez fosse reempossado em suas funções. Apesar das negativas oficiais de que o governo norte-americano tivesse participação no levante, o jornal "The New York Times" estampou: "Representantes do governo Bush se encontraram várias vezes nos últimos meses com os líderes da coalizão que derrubou Hugo Chávez e concordaram com eles que Chávez deveria ser removido do poder".
A respeito da história da América Latina e da participação norte-americana, é CORRETO afirmar:
a) O envolvimento no episódio revela uma mudança da política norte-americana que, desde o século XIX, adotou uma posição de isolamento em relação aos países da América Latina. 
b) O envolvimento no episódio revela uma mudança da política norte-americana que nunca apoiou ou estimulou golpes contra regimes democraticamente estabelecidos na América Latina. 
c) O golpe contra Chávez marca uma alteração na América Latina que, desde o final das ditaduras militares, na década de 1980, não presenciava o afastamento de presidentes eleitos. 
d) O golpe contra Chávez revela a instabilidade política da América Latina, e a ação do atual governo Bush retoma práticas já utilizadas, no passado, de desestabilização política ou apoio a ditaduras militares. 
e) O envolvimento no episódio revela uma mudança da política norte-americana de isolamento do regime de Cuba, liderado por Fidel Castro e principal adversário de Chávez na região do Caribe.   

13. (Ufes 2000)  Venezuela
A força de Chávez
Por enquanto só duas mudanças parecem acertadas: o presidente poderá se candidatar à reeleição e o país passará a se chamar República Boliviana da Venezuela, em homenagem ao libertador Simón Bolívar.
                República "Época" - 2/8/99

O texto trata da atual situação da Venezuela, governada pelo ex-tenente-coronel Hugo Chávez Frias, eleito em 1998, após tentativa de golpe de estado em 1992.
A homenagem ao libertador Bolívar, a que o texto se refere, deve-se à
a) participação de Bolívar na consolidação da independência da Grande Colômbia, da qual a Venezuela fazia parte. 
b) proposta de Bolívar de efetivar a independência econômica da Venezuela, mantendo, porém, o vínculo colonial com a Espanha. 
c) intenção de Bolívar de fragmentar os países libertados da Espanha para melhor assegurar suas independências. 
d) união de Bolívar com a Santa Aliança na Europa como forma de fortalecer a autonomia dos países recém-libertados. 
e) ação diplomática de Bolívar nas negociações pela independência da América espanhola, a fim de manter a Venezuela livre do domínio da Colômbia.   

14. (Pucmg 2008)  Leia o texto abaixo e responda à questão conforme o enunciado.
"O governo ainda não conseguiu acabar com o fascínio pelo carro oficial, com residência e despesas pagas pelos cofres públicos, o empreguismo e regalias das empresas estatais."
                (México, jornal "El Pais", maio de 2007)

Essa frase, retirada de um jornal de circulação nacional latino-americano logo no primeiro ano de mandato dos presidentes Hugo Chaves na Venezuela, Lula no Brasil e Evo Morales na Bolívia, assinala:
a) a ascensão dos governos populares ao poder, em quase toda a América Latina nesta década, pouco contribuindo para diminuição da corrupção política, espelho dos procedimentos adotados ou implantados por governos antidemocráticos e/ou oligárquicos do início dessas repúblicas. 
b) a fragilidade da população em coibir os desmandos de caudilhos e caciques políticos na organização do Estado em aliança com setores médios da sociedade civil. 
c) a ascensão de Partidos políticos conservadores, notabilizados pela predominância ideológica fascista, quase sempre ligada a setores militares do Estado Nacional. 
d) a confiança da população mais carente na condução dos negócios públicos tendo como suposto a autonomia do poder legislativo e executivo.
  
15. (Uel 2009) De acordo com alguns analistas políticos, o populismo ressurgiu na América Latina, nos anos 2000, com as eleições de Hugo Chaves, na Venezuela, e Evo Morales, na Bolívia. O mesmo tipo de argumento foi utilizado por ocasião da realização do segundo turno das eleições para Prefeito em Londrina. Segundo o jornalista: “Londrina reelege [um prefeito] pela quarta vez, após uma depuração surpreendente na Câmara Municipal em aberta simetria com a pressão da sociedade, o que apresenta um contraponto, mas não é. Populistas viscerais têm uma resistência surpreendente”.
(Folha de Londrina, 28 out. 2008, p. 4.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema populismo, assinale a alternativa correta.
a) O discurso populista se apoia, efetivamente, em uma elaboração teórica orgânica e sistemática, direcionado às elites locais, que formam sua base de existência. 
b) É fundamental para a prática populista clássica resgatar a compreensão, no eleitor, de que a sociedade está dividida em classes sociais e, portanto, o conflito entre elas inevitável. 
c) O populismo é a forma mais avançada de realização da política partidária, uma vez que mobiliza as massas, infundindo-lhes clareza de consciência sobre o que é o fundo público.
d) Diferentemente das práticas nazistas e fascistas, o populismo encontra no povo um elemento real para a efetivação do combate contra os interesses defendidos pelas elites locais. 
e) Dois princípios fundamentais das práticas populistas são a ideia de supremacia da vontade do povo e a existência de uma relação direta entre este e o líder.     

Confira aqui o GABARITO

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