Tal movimento vem
se espalhando, na atualidade, nos países sul-americanos, consolidando-se como
uma importante força geopolítica continental chamada:
a) Maoísmo.
b) Castrismo.
c) Laoísmo.
d) Senderismo.
e) Bolivarianismo.
2. (Unesp 2013) Leia.
É uma ideia
grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com um único
vínculo que ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem uma só origem,
uma só língua, mesmos costumes e uma só religião, deveria, por conseguinte, ter
um só governo que confederasse os diferentes Estados que haverão de se formar;
mas tal não é possível, porque climas remotos, situações diversas, interesses
opostos e caracteres dessemelhantes dividem a América.
(Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815]. Simón
Bolívar: política, 1983.)
O texto foi escrito
durante as lutas de independência na América Hispânica. Podemos dizer que,
a) ao contrário do
que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade americana e, em sua ação
política e militar, reagiu à iniciativa autonomista do Brasil.
b) ao contrário do
que afirma na carta, Bolívar combateu as propostas de independência e unidade
da América e se empenhou na manutenção de sua condição de colônia espanhola.
c) conforme afirma na
carta, Bolívar defendeu a unidade americana e se esforçou para que a América
Hispânica se associasse ao Brasil na luta contra a hegemonia norte-americana no
continente.
d) conforme afirma na
carta, Bolívar aceitou a diversidade geográfica e política do continente, mas
tentou submeter o Brasil à força militar hispano-americana.
e) conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu
sonho de unidade americana, mas, em sua ação política e militar, reconheceu que
as diferenças internas eram insuperáveis.
3.
(Fgv 2009) Na Carta da Jamaica, de 1815, [Simon Bolívar] escreveu:
"Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na América a maior
nação do mundo, menos por sua extensão e riquezas do que pela liberdade e
glória".
(Flavio de Campos e Renan Garcia Miranda, "Oficina de História -
história integrada")
A intenção de uma América hispânica
independente e formando um único país, entre outros motivos, não prevaleceu em
razão:
a) de um acordo entre
franceses e ingleses, assinado no Congresso de Viena.
b) do interesse
espanhol em enfraquecer o poderoso Vice-Reinado da Nova Granada.
c) dos fortes e decisivos interesses ingleses, norte-americanos
e das próprias elites locais da América.
d) da deliberada ação
do Brasil, preocupado com a formação de um poderoso Estado na América.
e) das tensões entre
as elites do México e Peru, que disputavam a hegemonia sobre a América.
4.
(Cesgranrio 2000) O sonho de união da América Latina é muito antigo.
Bolívar foi o primeiro que formulou o ideal de integração americana. Várias
propostas surgiram posteriormente até chegarmos ao Mercosul. Assinale a opção
que contém um dos objetivos de Bolívar.
a) Emancipar a
América Latina como uma associação comercial unitária, que, posteriormente
daria a origem à ALALC.
b) Desenvolver a
industrialização no continente sob a hegemonia norte-americana para fazer
frente à forte economia inglesa.
c) Desenvolver a
solidariedade continental em torno da hegemonia do Canadá, estabelecendo um
intercâmbio direto deste com todos os países latino-americanos.
d) Estabelecer uma
política separatista respeitando as diferenças culturais e até linguísticas entre
os países latino-americanos.
e) Criar uma Confederação dos Estados Americanos face à possível
contraofensiva da Europa apoiada pela Santa Aliança.
5.
(Uerj 2007)
A partir
da classificação anterior proposta, os aspectos que marcariam o estilo dos
novos caudilhos na América Latina são:
a) liberalismo e
tolerância da violência urbana
b) capitalismo e
ênfase na gestão eficiente da economia
c) nacionalismo e
redução de investimentos em obras públicas
d) neopopulismo e não-alinhamento à internacionalização
econômica
6. (Cesgranrio 2010) “O antigo presidente da Polônia e Prêmio Nobel da Paz Lech Walesa deu o primeiro empurrão no dominó gigante que simboliza a queda do Muro de Berlim, cujo 20o aniversário se assinala hoje.”
O Globo, 09 nov. 2009.
A caricatura publicada no dia seguinte às comemorações pelos 20 anos da queda do Muro de Berlim faz alusão à
a) radicalização dos governos latino-americanos que compõem o MERCOSUL frente ao possível ingresso da Venezuela na organização econômica.
b) reação do presidente venezuelano Hugo Chávez ao rechaçar a influência norte-americana na ação de Walesa contra a permanência do comunismo na Polônia.
c) tentativa de manutenção dos princípios da Revolução Bolivariana no governo de Hugo Chávez, com a finalidade de conquistar o apoio popular para a concretização das reformas venezuelanas.
d) postura centralizadora do presidente venezuelano Hugo Chavez ao tentar conter a onda liberal que caracterizou a derrubada do muro, símbolo do socialismo autoritário do leste europeu no pós-guerra.
e) postura liberal-democrática do presidente boliviano Evo Morales ao tentar barrar a expansão do socialismo, que foi o grande impulso ideológico na trajetória de Lech Walesa durante a Guerra Fria.
Observe
a charge anteriormente apresentada. Ela se refere a uma liderança política da
América do Sul bastante controversa: o presidente Hugo Chávez. Em relação a ele
e ao país por ele representado, é CORRETO afirmar que:
a) com a subida desse
"cocalero" ao poder, a presença das transnacionais no país,
principalmente as norte-americanas, deverá se tornar bem mais complexa, já que
a plataforma política implementada nesse país sul-americano tem um forte teor
nacionalista (principalmente em relação os petróleo) que fere os interesses
internacionalistas da atual política de George Bush.
b) a população de
origem indígena do país (mais de 80%) conseguiu, depois de décadas de
"governos brancos", eleger um dos seus representantes étnicos mais
simbólicos, já que além da afinidade cultural, esse representante ameríndio do
país andino localizado no centro da América do Sul, tem a sua origem nas
tradicionais plantações de coca dos Altiplanos.
c) o populismo de
Chávez e o crescimento de sua influência política continental têm sido minados
pelo discurso de algumas lideranças sul e norte-americanas que afirmam ser o
atual presidente do país um incentivador do narcotráfico por beneficiar os
produtores de coca como ele mesmo o é.
d) com a chegada ao poder desse político de história controversa
(pois ele tentou dar um golpe militar no país, no início da década de 1990), a
nação sul-americana se dividiu entre os que o amam e os que o odeiam, e o seu
discurso populista acendeu a "luz amarela" do governo norte-americano
em relação à sua influência política continental de forte alinhamento cubano e
do aumento do controle estatal sobre as reservas de petróleo.
e) Hugo Chávez teve
um papel geopolítico fundamental na América do Sul, ao longo da década de 1990,
já que o país que governa é um dos grandes produtores mundiais de petróleo;
porém, com a chegada de Evo Morales ao governo boliviano, em 2006, houve uma
redução da influência chavista no continente, aumentando a integração
geoeconômica entre a Bolívia e o Brasil.
8.
(Mackenzie 2001) O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou ontem a
concentrar a atenção internacional ao tornar-se o primeiro chefe de Estado a
fazer uma visita oficial ao Iraque desde o fim da Guerra do Golfo, em 1991. A
viagem faz parte de seu tour pelos países membros da OPEP (...)
("O
Estado de São Paulo" - 11/08/2000)
A visita do presidente venezuelano
justifica-se:
a) pela necessidade
de obter apoio interno, uma vez que sua eleição é contestada por vários grupos
de oposição venezuelanos.
b) pelo fato da Venezuela ser membro da OPEP e o 3o
maior exportador mundial de petróleo e temer um aumento da produção e
consequente queda de preços do produto.
c) pela necessidade
de conseguir importar petróleo a preços subsidiados, aliviando a pressão
inflacionária na Venezuela.
d) para tentar
reduzir os preços internacionais do petróleo, favorecendo as exportações
venezuelanas do produto, principalmente para os EUA.
e) para se antepor ao
isolamento da Venezuela junto à comunidade internacional, que questiona a
lisura da eleição de Chávez.
9. (Cftmg 2010)
"POR QUÉ NO TE CALLAS?"
DO REI PARA CHÁVEZ VIRA RINGTONE NA ESPANHA
“Muitos espanhóis acharam tão divertido o pedido do rei
Juan Carlos para que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, se calasse que
resolveram ouvir as palavras do soberano várias vezes ao dia.
Quase 500 mil
pessoas já baixaram o toque para celulares em que se escuta o rei espanhol
dizendo "Por qué no te callas?". A frase foi dita durante uma
discussão com o presidente Chávez na XVII Cúpula ibero-americana, realizada no
Chile na semana passada.
O novo ringtone já
teria gerado uma renda de US$ 2,2 milhões para as companhias que o distribuem,
segundo o jornal El País. Aproveitando a febre, empresários já estão
criando camisetas e outros produtos com frase que virou hit. No YouTube,
vídeos da discussão também receberam milhares de acessos.”
Disponível em:
. Acesso em 15 ago. 2009.
A reportagem acima tem como tema central um fenômeno da sociedade
contemporânea, que explicita a
a) disseminação da
ideia de superioridade europeia em relação às suas ex-colônias.
b) manipulação
midiática com o objetivo de fortalecer as ações políticas de governos
populistas.
c) apropriação frequente de acontecimentos sociais e políticos
pelo mercado da mídia eletrônica.
d) discussão
política, deflagradora de sérias crises diplomáticas, como alvo de
ridicularização por pessoas não-politizadas.
10.
(Unifesp 2007) A presença, no cenário político hispano-americano atual,
de personalidades como Hugo Chávez na Venezuela, Néstor Kirchner na Argentina e
Evo Morales na Bolívia, tem sido interpretada por analistas
liberal-conservadores de todo o mundo como uma
a) incógnita, tendo
em vista seu caráter inédito.
b) novidade
promissora para o futuro da região.
c) imitação do regime
comunista cubano.
d) espécie de retorno da figura do caudilho.
e) volta ao populismo
típico do século XIX.
11.
(Pucsp 2006) A Escola de Samba Vila Isabel apresentou no Carnaval
carioca de 2006 um enredo que defendia a unidade e a integração
latino-americanas. É correto afirmar que
a) o desfile foi
patrocinado por empresas petrolíferas venezuelanas que, assim, demonstraram sua
insatisfação com a política externa isolacionista do governo Hugo Chávez.
b) a unidade
latino-americana é atualmente sólida e inquestionável, dada a eficácia de
mecanismos de integração comercial, como o Mercosul, o Nafta e a Alca.
c) o esforço de algumas iniciativas integradoras não conseguiu,
até hoje, se impor, dadas as disputas regionais e os conflitos de interesses
entre países latino-americanos.
d) a integração
latino-americana existe desde a independência e resultou da atuação militar e
política de Simón Bolívar, que propôs e consumou a unidade da América.
e) o tema da unidade
latino-americana é bastante debatido pela diplomacia, mas não encontra apoio na
população dos países, que nutre forte sentimento xenófobo.
12.
(Fgv 2002) Em 12 de abril de
2002, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi deposto por um golpe civil e
militar. Alguns dias depois, uma reviravolta política permitiu que Chávez fosse
reempossado em suas funções. Apesar das negativas oficiais de que o governo
norte-americano tivesse participação no levante, o jornal "The New York
Times" estampou: "Representantes do governo Bush se encontraram
várias vezes nos últimos meses com os líderes da coalizão que derrubou Hugo
Chávez e concordaram com eles que Chávez deveria ser removido do poder".
A respeito da história da América Latina e
da participação norte-americana, é CORRETO afirmar:
a) O envolvimento no
episódio revela uma mudança da política norte-americana que, desde o século
XIX, adotou uma posição de isolamento em relação aos países da América Latina.
b) O envolvimento no
episódio revela uma mudança da política norte-americana que nunca apoiou ou
estimulou golpes contra regimes democraticamente estabelecidos na América
Latina.
c) O golpe contra
Chávez marca uma alteração na América Latina que, desde o final das ditaduras
militares, na década de 1980, não presenciava o afastamento de presidentes
eleitos.
d) O golpe contra Chávez revela a instabilidade política da
América Latina, e a ação do atual governo Bush retoma práticas já utilizadas,
no passado, de desestabilização política ou apoio a ditaduras militares.
e) O envolvimento no
episódio revela uma mudança da política norte-americana de isolamento do regime
de Cuba, liderado por Fidel Castro e principal adversário de Chávez na região
do Caribe.
13.
(Ufes 2000) Venezuela
A força de Chávez
Por enquanto só duas mudanças parecem
acertadas: o presidente poderá se candidatar à reeleição e o país passará a se
chamar República Boliviana da Venezuela, em homenagem ao libertador Simón
Bolívar.
República "Época" - 2/8/99
O texto trata da atual situação da
Venezuela, governada pelo ex-tenente-coronel Hugo Chávez Frias, eleito em 1998,
após tentativa de golpe de estado em 1992.
A
homenagem ao libertador Bolívar, a que o texto se refere, deve-se à
a) participação de Bolívar na consolidação da independência da
Grande Colômbia, da qual a Venezuela fazia parte.
b) proposta de
Bolívar de efetivar a independência econômica da Venezuela, mantendo, porém, o
vínculo colonial com a Espanha.
c) intenção de
Bolívar de fragmentar os países libertados da Espanha para melhor assegurar
suas independências.
d) união de Bolívar
com a Santa Aliança na Europa como forma de fortalecer a autonomia dos países
recém-libertados.
e) ação diplomática
de Bolívar nas negociações pela independência da América espanhola, a fim de
manter a Venezuela livre do domínio da Colômbia.
14. (Pucmg 2008) Leia o texto abaixo e responda à
questão conforme o enunciado.
"O governo ainda não conseguiu acabar
com o fascínio pelo carro oficial, com residência e despesas pagas pelos cofres
públicos, o empreguismo e regalias das empresas estatais."
(México,
jornal "El Pais", maio de 2007)
Essa frase, retirada de um jornal de
circulação nacional latino-americano logo no primeiro ano de mandato dos
presidentes Hugo Chaves na Venezuela, Lula no Brasil e Evo Morales na Bolívia,
assinala:
a) a ascensão dos governos populares ao poder, em quase toda a
América Latina nesta década, pouco contribuindo para diminuição da corrupção
política, espelho dos procedimentos adotados ou implantados por governos
antidemocráticos e/ou oligárquicos do início dessas repúblicas.
b) a fragilidade da
população em coibir os desmandos de caudilhos e caciques políticos na
organização do Estado em aliança com setores médios da sociedade civil.
c) a ascensão de
Partidos políticos conservadores, notabilizados pela predominância ideológica
fascista, quase sempre ligada a setores militares do Estado Nacional.
d) a confiança da
população mais carente na condução dos negócios públicos tendo como suposto a
autonomia do poder legislativo e executivo.
15. (Uel 2009) De acordo com alguns analistas políticos, o
populismo ressurgiu na América Latina, nos anos 2000, com as eleições de Hugo
Chaves, na Venezuela, e Evo Morales, na Bolívia. O mesmo tipo de argumento foi
utilizado por ocasião da realização do segundo turno das eleições para Prefeito
em Londrina. Segundo o jornalista: “Londrina reelege [um prefeito] pela quarta
vez, após uma depuração surpreendente na Câmara Municipal em aberta simetria
com a pressão da sociedade, o que apresenta um contraponto, mas não é. Populistas
viscerais têm uma resistência surpreendente”.
(Folha
de Londrina, 28 out. 2008, p. 4.)
Com base no texto e nos
conhecimentos sobre o tema populismo, assinale a alternativa correta.
a) O discurso
populista se apoia, efetivamente, em uma elaboração teórica orgânica e
sistemática, direcionado às elites locais, que formam sua base de existência.
b) É fundamental para
a prática populista clássica resgatar a compreensão, no eleitor, de que a
sociedade está dividida em classes sociais e, portanto, o conflito entre elas
inevitável.
c) O populismo é a
forma mais avançada de realização da política partidária, uma vez que mobiliza
as massas, infundindo-lhes clareza de consciência sobre o que é o fundo
público.
d) Diferentemente das
práticas nazistas e fascistas, o populismo encontra no povo um elemento real
para a efetivação do combate contra os interesses defendidos pelas elites
locais.
e) Dois princípios fundamentais das práticas populistas são a
ideia de supremacia da vontade do povo e a existência de uma relação direta
entre este e o líder.
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