1. (Fuvest 2016) Examine o gráfico.
O gráfico fornece elementos
para afirmar:
a) A despeito de uma ligeira
elevação, o tráfico negreiro em direção ao Brasil era pouco significativo nas primeiras
décadas do século XIX, pois a mão de obra livre já estava em franca expansão no
país.
b) As grandes turbulências
mundiais de finais do século XVIII e de começos do XIX prejudicaram a economia
do Brasil, fortemente dependente do trabalho escravo, mas incapaz de obter fornecimento
regular e estável dessa mão de obra.
c) Não obstante pressões
britânicas contra o tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se manteve alto,
contribuindo para que a ordem nacional surgida com a Independência fosse
escravista.
d) Desde o final do século
XVIII, criaram-se as condições para que a economia e a sociedade do Império do
Brasil deixassem de ser escravistas, pois o tráfico negreiro estava estagnado.
e) Rapidamente, o Brasil
aderiu à agenda antiescravista britânica formulada no final do século XVIII,
firmando tratados de diminuição e extinção do tráfico negreiro e acatando as
imposições favoráveis ao trabalho livre.
2. (IFBA 2016) Neste país, que se presume
constitucional e onde só deverão ter ação poderes delegados, responsáveis,
acontece, por defeito do sistema, que só há um poder ativo onímodo, onipotente,
perpétuo, superior à lei, e à opinião, e esse é justamente o poder sagrado,
inviolável e irresponsável. (Trecho do Manifesto Republicano, publicado no Jornal A República, do Rio de Janeiro,
em dezembro de 1870.)
Disponível em: . Acesso
em 20.09.2015.
A crítica apresentada pelo
Manifesto Republicano de 1870 pode ser associada:
a) ao despototismo de D. Pedro
II, no desrespeito à Constituição Imperial.
b) aos amplos e ilimitados
poderes garantidos ao Imperador pelo Poder Moderador.
c) à irresponsabilidade de D.
Pedro II no trato com o dinheiro e com as finanças públicas.
d) ao estado de corrupção e
fraudes que envolvia D. Pedro II e grande parte de seus assessores.
e) aos prejuízos econômicos do
país nas negociatas que D. Pedro II realizou com a Inglaterra.
3. (IFBA 2016) Os negros livres e libertos
preocuparam os observadores do acaso do Império português no Brasil, mas foi,
sobretudo, pensando nos escravos que eles distinguiram a atuação de um “partido
negro”. Um anônimo informante da Coroa portuguesa escreveria numa data entre
1822 e 1823: (...) embora havendo no Brasil aparentemente só dois partidos
[portugueses e brasileiros], existe também um terceiro: o partido dos negros e
das pessoas de cor, que é o mais perigoso, pois se trata do mais forte
numericamente falando. Tal partido vê com prazer e com esperanças criminosas as
dissensões existentes entre os brancos, os quais dia a dia têm seus números
reduzidos”.
Fonte: REIS, João José. O Jogo
Duro do Dois de Julho: o “Partido Negro” da Independência da Bahia. In:
REIS, João José & SILVA, Eduardo. Negociação
e Conflito. A resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia
das Letras, 1989. p. 79-98.
A denúncia da existência de
um perigoso “partido negro”, no contexto da luta pela independência na Bahia,
pode ser explicada pela:
a) ameaça dos negros,
escravizados e libertos, de se revoltarem contra os brancos e lutarem pela
continuidade do domínio lusitano sobre a colônia.
b) existência de uma
organização partidária de negros livres e escravizados, que regulava ações
conjugadas em toda a colônia pela extinção do trabalho escravo.
c) participação de grande
número de escravizados e negros livres na guerra de independência do Brasil,
que poderia evoluir para uma luta contra o regime de escravidão.
d) Ameaça de união entre as
organizações antiescravistas brasileiras e os grupos revolucionários que
estabeleceram uma República de negros no Haiti, no final do século XVIII.
e) aliança firmada entre os
negros libertos e os portugueses contra os proprietários de terras brasileiros,
que poderia resultar num decreto do governo lusitano extinguindo o trabalho
escravo na colônia.
4. (Fuvest 2015) Considerando-se o intervalo entre o contexto em que transcorre o enredo da obra Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e a época de sua publicação, é correto afirmar que a esse período corresponde o processo de
a) reforma e crise do Império
Português na América.
b) triunfo de uma consciência
nativista e nacionalista na colônia.
c) Independência do Brasil e
formação de seu Estado nacional.
d) consolidação do Estado
nacional e de crise do regime monárquico brasileiro.
e) Proclamação da República e
instauração da Primeira República.
5.
(Unicamp 2015) Um elemento importante nos
anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária, tornado mais vivo
depois da Independência. (…) O Romantismo apareceu aos poucos como caminho
favorável à expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções
e modelos que permitiam afirmar o particularismo, e portanto a identidade, em
oposição à Metrópole (…).
CANDIDO,
Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.
Tendo em vista o movimento literário
mencionado no trecho acima, e seu alcance na história do período, é correto
afirmar que
a) o nacionalismo foi
impulsionado na literatura com a vinda da família real, em 1808, quando houve a
introdução da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no
país.
b) o indianismo ocupou um
lugar de destaque na afirmação das identidades locais, expressando um viés
decadentista e cético quanto à civilização nos trópicos.
c) os autores românticos foram
importantes no período por produzirem uma literatura que expressava aspectos da
natureza, da história e das sociedades locais.
d) a população nativa foi
considerada a mais original dentro do Romantismo e, graças à atuação dos
literatos, os indígenas passaram a ter direitos políticos que eram vetados aos
negros.
6. (Fuvest 2015)
Tornando da malograda espera
do tigre, 1alcançou o capanga um casal de velhinhos, 2que
seguiam diante dele o mesmo caminho, e conversavam acerca de seus negócios particulares.
Das poucas palavras que apanhara, percebeu Jão Fera 3que destinavam eles
uns cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à compra de mantimentos, a fim de
fazer um moquirão*, com que pretendiam abrir uma boa roça.
- Mas chegará, homem? perguntou a velha.
- Há de se espichar bem, mulher!
Uma voz os interrompeu:
- Por este preço dou eu conta da roça!
- Ah! É nhô Jão!
Conheciam os velhinhos o capanga, a quem tinham por homem
de palavra, e de fazer o que prometia. Aceitaram sem mais hesitação; e foram mostrar
o lugar que estava destinado para o roçado.
Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus olhos
descobriram entre os utensílios a enxada, a qual ele esquecera um momento no afã
de ganhar a soma precisa, que sem mais deu costas ao par de velhinhos e foi-se deixando-os
embasbacados.
ALENCAR, José de.
Til.
* moquirão = mutirão (mobilização coletiva
para auxílio mútuo, de caráter gratuito).
Considerada no contexto
histórico-social figurado no romance Til, a brusca reação de Jão Fera,
narrada no final do excerto, explica-se
a) pela ambição ou ganância
que, no período, caracterizava os homens livres não proprietários.
b) por sua condição de membro
da Guarda Nacional, que lhe interditava o trabalho na lavoura.
c) pela indolência atribuída
ao indígena, da qual era herdeiro o “bugre”.
d) pelo estigma que a
escravidão fazia recair sobre o trabalho braçal.
e) pela ojeriza ao labor
agrícola, inerente a sua condição de homem letrado.
7.
(Uepa 2015) Leia o texto para responder
à questão.
(...)
Sendo, pois chegada a época de ver o Brasil a justiça da sua Causa de
acordo com os interesses e as vistas de Inglaterra não cessarei de
lembrar a V. Sra. quanto importa aproveitar tão felizes circunstâncias;
elas são tão favoráveis que sendo manejadas com aptidão e habilidade de
V. Sra. darão em resultado o reconhecimento pronto e formal deste
Império pela Inglaterra, sem talvez haver precisão de o fazer dependente
de condições algumas; pois bem longe de estarmos agora em
circunstâncias de propor e pedir, mui pelo contrário, a própria
Inglaterra sentirá por si mesma a necessidade de reconhecer a nossa
independência e contrabalançar a influência do Governo [francês], que
ora domina os conselhos de Madrid e de Lisboa ...”
(Arquivo da Independência, vol. I, p. 56.)
A correspondência de Carvalho e Mello,
Secretário dos Negócios Estrangeiros do Brasil, em 1824, revela características
da diplomacia brasileira no sentido do reconhecimento da independência. No
texto, fica evidente o interesse em:
a) utilizar o cenário político
europeu favoravelmente ao Brasil.
b) oferecer a abolição do
tráfico negreiro como condição.
c) resistir ao pagamento de
indenização em dinheiro.
d) buscar fazer acordo com
Portugal e Espanha.
e) participar do jogo de
alianças internacionais.
8.
(Ufpb 2012) A pintura é uma manifestação artística que pode ser
utilizada como fonte histórica, reforçando uma versão da história. Nesse
sentido, observe o quadro do pintor paraibano Pedro Américo:
No campo da historiografia, essa imagem:
a) sintetiza o verdadeiro sentimento de toda a nação em relação a Portugal.
b) expõe a luta de classes existente no país no período da independência.
c) expressa o apoio popular ao processo de autonomia política do Brasil.
d) representa uma visão heroica e romanceada da separação política do país.
e) mostra a independência como anseio de grupos subalternos.
9.
(Pucrs 2015) Considere
as afirmações abaixo sobre o Período Imperial brasileiro (1822-1889).
I. O Primeiro Reinado caracterizou-se pelos
constantes conflitos entre o Imperador e as elites do País, tendo em vista que
D. Pedro I praticamente governou de forma autoritária, desconsiderando o
Legislativo.
II. Durante o Período Regencial, os
governantes deixaram de ser hereditários e passaram a ser selecionados por
eleições, o que leva a historiografia a considerar essa fase como sendo a
primeira experiência republicana no País, pois os regentes eram escolhidos pelo
voto universal direto.
III. O Segundo Reinado foi um período de grande
estabilidade política da história imperial, pois o imperador D. Pedro II ficou
quase 50 anos no poder, governando com o apoio de um só partido, o Partido
Conservador.
IV. Dentre os fatores que contribuíram para a crise
do regime imperial, podemos elencar o conflito do Imperador com o Exército, a
crise entre a monarquia e a Igreja e, por fim, a abolição da escravidão, que
levou a elite cafeicultora fluminense a romper politicamente com a monarquia.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
10. (Fgv 2015) Observe o mapa.
Os dados do mapa mostram que a emancipação
política do Brasil
a) efetivou-se com o chamado
Grito do Ipiranga, porque todas as províncias do Brasil, imediatamente,
passaram a obedecer às ordens vindas do Rio de Janeiro na pessoa do Imperador
Dom Pedro I e romperam todos os laços com as Cortes de Lisboa, defensoras da
recolonização brasileira.
b) ocorreu de forma homogênea,
com a divisão da liderança do movimento emancipacionista entre os principais
comandos regionais do Brasil e com a constituição de acordos políticos que
garantiram a unidade territorial e a efetivação do federalismo.
c) dividiu as regiões
brasileiras entre as defensoras de uma emancipação vinculada ao fim do tráfico
de escravos, caso das províncias do Norte e do Nordeste, e as províncias do
Centro-Sul, contrárias à separação definitiva de Portugal e favoráveis à
constituição de uma monarquia dual.
d) foi um processo complexo,
no qual não houve adesão imediata de algumas províncias ao Rio de Janeiro,
representado pelo poder do imperador Dom Pedro I, pois essas províncias
continuaram fiéis às Cortes de Lisboa, levando à guerras de independência.
e) diferencia-se radicalmente
das experiências da América espanhola, porque a América portuguesa obteve a sua
independência sem que houvesse qualquer movimento de resistência armada por
parte dos colonos ou da metrópole, interessados em uma separação negociada.
11.
(IFSC 2015) O processo de independência
do Brasil foi efetivado com o Grito do Ipiranga de D. Pedro I, em 1822. Alguns
historiadores aceitam que esse processo pode ser analisado desde o ano de 1808.
Sobre o período de 1808 a 1822, é CORRETO
afirmar que:
a) Em 1821, D. Pedro I tentou
proclamar a independência, porém foi sufocado pela Revolução Pernambucana.
b) O ano de 1808 é marcado
pela vinda da família real portuguesa ao Rio de Janeiro.
c) No ano de 1815, toda a
família real portuguesa retornou a Portugal, permitindo a José Bonifácio
articular a independência com seu filho Pedro.
d) A abertura dos portos em
1815 tirou o Brasil do status de colônia, pois poderia comercializar com
todos os países com tarifas iguais.
e) O Grito do Ipiranga foi
apenas simbólico. Desde 1821, o Brasil não tinha nenhuma ligação política com
Portugal.
12. (Uern 2015) Observe o quadro.
A partir da
análise do quadro e tendo em vista o contexto do Brasil no I Império, é
possível classificar o voto, naquele período, como
a) censitário, amplo, indireto
e irrestrito.
b) universal, masculino,
direto e representativo.
c) censitário, masculino,
indireto e em dois graus.
d) universal, apartidário,
direto e em quatro graus.
13.
(Uepa 2014) A crise política do I
Império Brasileiro, que resultou na abdicação de D. Pedro I, teve como cerne a
disputa entre a inclinação centralista-absolutista do monarca e a defesa do
federalismo pelas elites econômicas regionais. A renúncia do imperador em 1831
resultou:
a) na transferência de poder
às elites regionais e aos regentes, ordem política que se mostrou frágil e
abriu caminho para levantes oposicionistas e populares.
b) na transformação imediata
de Pedro II em monarca do Reino Português na linha de sucessão da Casa de
Bragança.
c) no fortalecimento de
movimentos separatistas regionais, em desacordo com a manutenção do regime
monárquico e da escravidão.
d) no surgimento de grupos
políticos republicanos, que seriam embrionários do movimento que promoveu a
Proclamação da República em 1889.
e) na emergência de uma
identidade nacional brasileira, em oposição a qualquer posição de mando de
autoridades portuguesas em território nacional.
14. (Uern
2015) No Brasil, logo após a independência política em relação a
Portugal, foi necessário obter o reconhecimento internacional para
consolidar-se política e economicamente no quadro das nações de fato
independentes. Sobre o(s) primeiro(s) país(es) a reconhecer(em) o Brasil
como país soberano, assinale a alternativa correta.
a) Foi a França, interessada em avançar com seu território da Guiana Francesa e estabelecer novas colônias.
b) Trata-se da Inglaterra, interessada em efetivar o imperialismo que já vinha exercendo desde antes da independência.
c) Foram os EUA, que tinham em vista as futuras alianças comerciais e a diminuição das influências inglesas em nosso país.
Muito bom para testar. Gostei muito!
ResponderExcluirA opção pelo regime monárquico no Brasil não por medo de reformas mais democráticas ? Q13
ResponderExcluirmuito bom.Vai me ajudar muito na avaliação de amanhã.
ResponderExcluirbom de mais
ResponderExcluirBom demais!! Isso ajuda bastante pro vestibular!
ResponderExcluirGrande abraço!
@faberchileno21
Muito obrigado.
ResponderExcluirExercício maravilhoso, me ajuda sempre nas provas.
ResponderExcluirMuito bom para estudar! Obrigada
ResponderExcluirA Constituição de 1824 foi outorgada, não? D.Pedro I impôs a constituição sem uma avaliação dos membros da assembleia sendo que ele havia dissolvido.
ResponderExcluirMuito bons exercícios, comunicarei aos meus amigos sobre este site. Obrigado...
ResponderExcluirContinuem assim.
ótimo simulado !
ResponderExcluirótimo simulado !
ResponderExcluirMuito bom pra estudar! Obrigado!
ResponderExcluirola como vão
ResponderExcluirvlw por tudo
O meu celular não estar aparecendo o gabarito, e queria ver as respostas, podem mim ajudar
ResponderExcluira questão 20 a resposta é letra e?
ResponderExcluirAdorei
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