7. (Ufu 2012) A pintura e a escrita em latim eram práticas das elites artísticas e intelectuais indígenas no processo de conquista e colonização da América. O estudo de tais práticas permite, assim, analisar aspectos da participação dessas elites naquele período histórico.
Texto 1
Na metade do século XVI, um pintor nativo mexicano, batizado Juan Gerson, criou um extraordinário ciclo de pinturas para a igreja franciscana de Tecamachalco, no atual estado de Puebla. O ciclo representa os eventos bíblicos do Apocalipse, no formato oval, pintados em papel amate, tradicionalmente usado pelos mexicas.
PERRY, Richard. Mexico’s fortress monasteries. Espadana, 1993. Trecho disponível em: . Acesso em: 3 jul, 2012. (adaptado)
Texto 2
Os espanhóis, assustados de ver os progressos da adoção da escrita em latim entre os índios, escreviam já na década de 1540: “Os índios têm escritores tão bons e tão numerosos que não sei dizer o número deles, e esses escritores redigem cartas que os colocam a par de todos os negócios do país de um mar a outro, o que antes da Conquista era coisa impossível.”
GRUZINSKI. Serge. O Renascimento ameríndio. In. NOVAES, Adauto. A outra margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 294. adaptado)
As informações sobre as práticas artísticas e intelectuais da elite indígena no processo de conquista e colonização da América evidenciam
a) a mistura de elementos artísticos e culturais da tradição indígena e da cultura ocidental na sociedade colonial em construção.
b) a dificuldade espanhola em impedir o acesso à formação acadêmica e artística dos índios que se projetaram no cenário artístico europeu.
c) o poder da Igreja de destruir a cultura e a religião indígenas no processo de cristianização e ocidentalização da América.
d) o potencial civilizador europeu, que permitiu retirar da barbárie e do paganismo populações até então isoladas da civilização.
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