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sábado, 31 de março de 2012

A Nova Ordem Mundial



A Hegemonia Norte-americana 
Diante do fim da URSS, os EUA emergiram como a única superpotência do mundo. A supremacia econômica e militar dos EUA diante de qualquer outra nação do mundo colocou a potência em uma situação especialmente vantajosa na arena internacional, pois a permitiu maior liberdade de ação do que era permitida a outros países, que eram mais suscetíveis a sanções da ONU e embargos de outras nações. A economia norte-americana também respirou aliviada com a redução sistemática dos gastos militares no país, principalmente durante a era Clinton (1993-2000). 


O Ascensão e o Declínio do Nacionalismo 
Durante a guerra fria, basicamente toda a política internacional era regida pelas preocupações do embate principal, entre as duas grandes doutrinas divergentes: o capitalismo e o comunismo. Dessa maneira, neste período o sentimento nacional sofreu um declínio de importância na política, visto que a nação deveria antes de tudo prestar aliança ao bloco ao qual pertencia. Na maioria dos casos, em ambos os lados, quando a política de um dado país parecia atrapalhar ou contradizer os interesses dos blocos – de seus líderes, na prática – tal política era desencorajada ou mesmo coibida 

Quando a URSS se dissolveu em 1991, a guerra fria chegou ao fim e o embate entre duas grandes ideologias deixou de existir. Diante disto, muitas tensões e aspirações de certos povos, que até então permaneciam silenciadas pela guerra fria, explodiram. bósnios, eslovenos, croatas e sérvios lutavam pela Iugoslávia. Diversos países se separavam da grande URSS. Na África se intensificavam os confrontos nacionalistas iniciados na segunda metade do século. O número de países no mundo aumenta consideravelmente: são países menores e mais frágeis economicamente. 

Se estes eventos podem ser entendidos como um aumento na importância do nacionalismo para a política mundial, há outra face para esta moeda: A do declínio da importância do mesmo nacionalismo. Pode-se afirmar tal acontecimento pois, com a fragmentação das fronteiras e a formação de pequenos e frágeis países, que pouco podem fazer se desejarem se opor aos países mais fortes – em especial aos EUA – o próximo passo tomado foi o de formar novos grupos ou blocos de apoio e cooperação mútua. Em outras palavras, diante deste cenário internacional, diversos países começaram a se voltar para outros que possuíam culturas ou interesses semelhantes para formarem um bloco que os ajudasse a defender conjuntamente seus interesses, tornando-os mais fortes. A OPEP, por exemplo, é um grupo deste tipo, bem como os são o Mercosul e a União Européia. Todos estes grupos visam, a partir da cooperação entre nações, fortalecer a todas diante do cenário internacional. 

Neste cenário de enfraquecimento das nações no cenário mundial e de co-dependência mútua entre povos, houve a criação e o fortalecimento de grupos que tentavam alcançar os objetivos que viam os estados fracos demais para alcançar, e podendo usar de métodos que os estados não podiam: os grupos terroristas. Se o terrorismo em si é um fenômeno antigo, e que alguns destes grupos se formaram antes ou durante a guerra fria, ao fim desta o terrorismo toma um novo foco e é fortalecido, diante do descrédito que muitos passam a ter diante do sistema de estados que parece tão fraco, ao ponto de um país não poder defender seus interesses de forma soberana sem que outros o impeçam ou o ameacem porque esta ou aquela ação os prejudica. Seguem alguns exemplos destes grupos: o IRA (Exército Republicano Irlandês), o ETA (um grupo que luta pela independência dos bascos na Espanha), Kach (um partido judeu de direita que se tornou uma organização terrorista após o assassinato de seu fundador), Hezbollah, Hamas, entre muitos outros, infelizmente. 

O Neoliberalismo
Essa doutrina econômica já existia antes da queda do muro de Berlim. Foi posta em prática na Grã-Bretanha e no Chile nos anos 70. Sua principal prerrogativa é a da minimização do papel do estado na esfera econômica. A doutrina liberal, desde o século XVIII, defende a existência de determinadas leis de mercado, através das quais o indivíduo produz de forma mais efetiva quando sujeito a pressões características do capitalismo, como a concorrência. O neoliberalismo afirma, portanto, que a maneira mais produtiva de se alcançar os melhores resultados em menos tempo é a de retirar o estado da equação e permitir que o mercado e seus integrantes funcionem de acordo com estas regras.

Fonte: Vetor Pré-Vestibular

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