Situada 80 quilômetros a leste de Santarém, é acessível por via fluvial. De Santarém, navega-se pelo rio Tapajós até a entrada do Lago Maicá ou do Ituqui, percorrendo toda a extensão até chegar no paraná Ayayá, onde a fazenda está situada.
Recanto natural e monumento histórico-científico, a fazenda pertenceu ao Barão de Santarém, Antônio Pinto Guimarães, no século XIX, que tomou como sócio o imigrante americano Romulus J. Rhome.
Fronteira à casa ficava o engenho, com moinhos movidos a vapor, novidade na época. Foi na Taperinha que se construiu o primeiro barco a vapor na Amazônia, que recebeu o mesmo nome da Fazenda.
A sede da fazenda é a ligação entre o passado e o presente, em função das várias histórias, que foram reproduzidas através de documentos e recortes de jornais ou mesmo de literatura produzida por estudiosos da época.
O Sr. Rhome, que por muito tempo foi administrador da fazenda, se dedicou a fazer pesquisas arqueológicas e colecionava as estranhas figuras de barro que encontrava ou mandava desenterrar no sítio. A coleção Rhome foi incorporada ao Museu do Rio de Janeiro.
No terreno da fazenda existe uma mina de sambaqui. Os sambaquis encontrados no local são bastante extensos e apresentam até 6,5m de espessura. Os depósitos de sambaquis juntos com as peças de cerâmica, cuja datação, efetuada pela pesquisadora Ana C. Roosevelt, revelou idades aproximadas de 8.000 anos, constituindo-se em uma das mais importantes descobertas arqueológicas da Amazônia.
A propriedade é administrada por Graziela Hagmann, uma das herdeiras da propriedade. Aliás, conhecer o lugar depende de aprovação da família, que reside em Santarém.
Quando há contato prévio, grupos, especialmente de estudantes, costumam explorar a propriedade. O local tem todas as características para o desenvolvimento do turismo científico, mas também o de aventura. Depois de uma caminhada de vários minutos pode-se chegar a um ponto bastante elevado, tido como mirante, que proporciona uma visão privilegiado de toda a região do Ituqui, assim como os lagos próximos e mesmo do rio Amazonas. Com um pouco de condicionamento físico e o auxílio de um condutor de turismo dá para conhecer parte da floresta. Com disposição, a caminhada pode desembocar num banho de igarapé, que serve para refrescar o corpo e preparar a viagem de volta.
O barco é o meio de transporte mais utilizado para se chegar ao local, mas durante o verão o acesso também se dá por meio de automóvel, enfrentando, claro, as dificuldades da estrada de chão batido. É, sem dúvida, um passeio imperdível.
Texto: Emanuel Júlio Leite
Disponível em: http://www.conexaooeste.com.br
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