1. (Ufpr 2016) Leia abaixo a definição de “refugiado”:
De acordo com a Convenção de 1951
relativa ao Estatuto dos Refugiados, são refugiadas as pessoas que se encontram
fora do seu país por causa de fundado temor de perseguição por motivos de raça,
religião, nacionalidade, opinião política ou participação em grupos sociais, e
que não possa (ou não queira) voltar para casa. Posteriormente, definições mais
amplas passaram a considerar como refugiadas as pessoas obrigadas a deixar seu
país devido a conflitos armados, violência generalizada e violação massiva dos
direitos humanos.
(Agência da ONU para
refugiados (ACNUR). Disponível em:
.)
Sobre eventos históricos referentes à existência de
refugiados na história contemporânea, considere as seguintes afirmativas:
1. Após a I Guerra Mundial, com a
dissolução dos Impérios Otomano e Austro-Húngaro e a instauração do princípio
de nacionalidade, milhões de refugiados europeus migraram dentro e fora da
Europa.
2. Desde a criação do Estado de Israel,
em 1948, milhões de palestinos ganharam dupla cidadania, resolvendo sua
situação de refugiados durante o mandato britânico na Palestina.
3. O governo Vargas foi contrário à
entrada de judeus no Brasil, quando muitos deles tornaram-se refugiados, migrando
para fora da Europa, durante os anos 1930 e a II Guerra Mundial.
4. Entre o final do século XIX e o
início do século XX, o Brasil recebeu uma grande quantidade de refugiados
italianos, espanhóis, poloneses, japoneses e alemães.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são
verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1 e 4 são
verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são
verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são
verdadeiras.
e) e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são
verdadeiras.
2. (Unesp 2016) Leia o texto a seguir para
responder à questão abaixo.
Enquanto os franceses e os britânicos
tinham emergido da Primeira Guerra Mundial com um profundo trauma dos horrores
da guerra e a convicção de que um novo conflito deveria, se possível, ser
evitado, na Alemanha só ocorreria algo parecido depois da Segunda Guerra
Mundial. Os acontecimentos de 1945 levaram a uma profunda mudança na cultura
popular e política da parte ocidental da Alemanha. Aos olhos desses alemães, a
extrema violência de 1945 fez da Segunda Guerra Mundial “a guerra para acabar
com todas as guerras”.
(Richard Bessel.
Alemanha, 1945, 2010. Adaptado.)
Entre os fatos que poderiam confirmar a
interpretação, oferecida pelo texto, sobre a atitude de franceses e britânicos
depois da Primeira Guerra Mundial, pode-se incluir
a) a participação em um organismo
internacional para a mediação de conflitos e o pacifismo que marcou a reação da
França e da Grã-Bretanha à ascensão do nazismo.
b) o fim da corrida armamentista entre
as potências do Ocidente e do Leste europeu e a eliminação dos arsenais
alojados na Europa, na Ásia e no Norte da África.
c) a repressão imediata e violenta, por
França e Grã-Bretanha, a todos os projetos belicosos e autoritários que
surgiram na Europa ao longo dos anos 1920 e 1930.
d) o acordo para a constituição de uma
polícia internacional, que vigiasse as movimentações militares das grandes
potências e fosse coordenada por um país não europeu, os Estados Unidos.
e) a liberação, pela França e pela
Grã-Bretanha, no decorrer das décadas de 1920 e 1930, de todas as suas
colônias, para evitar o surgimento de guerras de emancipação nacional.
3. (Puccamp 2016) Leia atentamente o texto abaixo
para responder à questão a seguir.
História da pintura, história do mundo
O homem nunca se contentou em apenas
ocupar os espaços do mundo; sentiu logo a necessidade de representá-los,
reproduzi-los em imagens, formas, cores, desenhá-los e pintá-los na parede de
uma caverna, nos muros, numa peça de pano, de papel, numa tela de monitor.
Acompanhar a história da pintura é acompanhar um pouco a história da
humanidade. É, ainda, descortinar o espaço íntimo, o espaço da imaginação, onde
podemos criar as formas que mais nos interessam, nem sempre disponíveis no
mundo natural. Um guia notável para aprender a ler o mundo por meio das formas
com que os artistas o conceberam é o livro História da Pintura, de uma arguta
irmã religiosa, da ordem de Notre Dame, chamada Wendy Beckett. Ensina-nos a ver
em profundidade tudo o que os pintores criaram, e a reconhecer personagens,
objetos, fatos e ideias do período que testemunharam.
A autora começa pela Pré-História, pela
caverna subterrânea de Altamira, em cujas paredes, entre 15000 e 12000 a.C.,
toscos pincéis de caniços ou cerdas e pó de ocre e carvão deixaram imagens de
bisões e outros animais. E dá um salto para o antigo Egito, para artistas que
já obedeciam à chamada “regra de proporção”, pela qual se garantia que as
figuras retratadas − como caçadores de aves e mulheres lamentosas no funeral de
um faraó − se enquadrassem numa perfeita escala de medidas. Já na Grécia, a
pintura de vasos costuma ter uma função narrativa: em alguns notam-se cenas da
Ilíada e da Odisseia. A maior preocupação dos artistas helenísticos era a
fidelidade com que procuravam representar o mundo real, sobretudo em seus
lances mais dramáticos, como os das batalhas.
A arte cristã primitiva e medieval teve
altos momentos, desde os consagrados à figuração religiosa nas paredes dos
templos, como as imagens da Virgem e do Menino, até as ilustrações de
exemplares do Evangelho, as chamadas “iluminuras” artesanais. Na altura do
século XII, o estilo gótico se impôs, tanto na arquitetura como na pintura.
Nesta, o fascínio dos artistas estava em criar efeitos de perspectiva e a
ilusão de espaços que parecem reais. Mas é na Renascença, sobretudo na
italiana, que a pintura atinge certa emancipação artística, graças a obras de
gênios como Leonardo, Michelangelo, Rafael. É o império da “perspectiva”,
considerada por muitos artistas como mais importante do que a própria luz. Para
além das representações de caráter religioso, as paisagens rurais e retratos de
pessoas, sobretudo das diferentes aristocracias, apresentam-se num auge de
realismo.
Em passos assim instrutivos, o livro da
irmã Wendy vai nos conduzindo por um roteiro histórico da arte da pintura e dos
sucessivos feitos humanos. Desde um jogo de boliche numa estalagem até figuras
femininas em atividades domésticas, de um ateliê de ourives até um campo de
batalha, tudo vai se oferecendo a novas técnicas, como a da “câmara escura”,
explorada pelo holandês Vermeer, pela qual se obtinha melhor controle da
luminosidade adequada e do ângulo de visão. Entram em cena as novas criações da
tecnologia humana: os navios a vapor, os trens, as máquinas e as indústrias
podem estar no centro das telas, falando do progresso. Nem faltam, obviamente,
os motivos violentos da história: a Revolução Francesa, a sanguinária invasão
napoleônica da Espanha (num quadro inesquecível de Goya), escaramuças entre
árabes. Em contraste, paisagens bucólicas e jardins harmoniosos desfilam ainda
pelo desejo de realismo e fidedignidade na representação da natureza.
Mas sobrevém uma crise do realismo, da
submissão da pintura às formas dadas do mundo natural. Artistas como Manet,
Degas, Monet e Renoir aplicam-se a um novo modo de ver, pelo qual a imagem
externa se submete à visão íntima do artista, que a tudo projeta agora de modo
sugestivo, numa luz mais ou menos difusa, apanhando uma realidade moldada mais
pela impressão da imaginação criativa do que pelas formas nítidas naturais. No
Impressionismo, uma catedral pode ser pouco mais que uma grande massa luminosa,
cujas formas arquitetônicas mais se adivinham do que se traçam. Associada à
Belle Époque, a arte do final do século XIX e início do XX guardará ainda certa
inocência da vida provinciana, no campo, ou na vida mundana dos cafés, na
cidade.
Desfazendo-se quase que inteiramente
dos traços dos impressionistas, artistas como Van Gogh e Cézanne, explorando
novas liberdades, fazem a arte ganhar novas técnicas e aproximar-se da
abstração. A dimensão psicológica do artista transparece em seus quadros: o
quarto modestíssimo de Van Gogh sugere um cotidiano angustiado, seus campos de
trigo parecem um dourado a saltar da tela. A Primeira Grande Guerra eliminará
compreensões mais inocentes do mundo, e o século XX em marcha acentuará as
cores dramáticas, convulsionadas, as formas quase irreconhecíveis de uma
realidade fraturada. O cubismo, o expressionismo e o abstracionismo (Picasso,
Kandinsky e outros) interferem radicalmente na visão “natural” do mundo. Por
outro lado, menos libertário, doutrinas totalitaristas, como a stalinista e a
nazifascista, pretenderão que os artistas se submetam às suas ideologias. Já
Mondrian fará escola com a geometria das formas, Salvador Dalí expandirá o
surrealismo dos sonhos, e muitas tendências contemporâneas passam a sofrer
certa orientação do mercado da arte, agora especulada como mercadoria.
Em suma, a história da pintura nos
ensina a entender o que podemos ver do mundo e de nós mesmos. As peças de um
museu parecem estar ali paralisadas, mas basta um pouco da nossa atenção a cada
uma delas para que a vida ali contida se manifeste. Com a arte da pintura
aprenderam as artes e técnicas visuais do nosso tempo: a fotografia, o cinema,
a televisão devem muito ao que o homem aprendeu pela força do olhar. Novos
recursos ampliam ou restringem nosso campo de visão: atualmente muitos andam de
cabeça baixa, apontando os olhos para a pequena tela de um celular.
Ironicamente, alguém pode baixar nessa telinha “A criação do homem”, que
Michelangelo produziu para eternizar a beleza do forro da Capela Sistina.
(BATISTA, Domenico,
inédito)
O texto de História da pintura, história do mundo,
de Domenico Batista, faz menção à Primeira Guerra Mundial. Uma das principais
consequências dessa guerra é
a) o confronto entre os dois blocos
liderados pela URSS e os Estados Unidos, em busca da hegemonia, denominado
Guerra Fria.
b) o surgimento de novos Estados-nações
em que foram respeitadas as tradições e instituições dos povos antes reunidos
nos impérios que desapareceram com a Grande Guerra Mundial.
c) os Tratados de Paz e os Tratados das
Minorias restabeleceram, no mundo contemporâneo, uma convivência harmoniosa e a
integração entre as minorias e as maiorias nacionais.
d) o fim da hegemonia inglesa sobre o
mundo e a manutenção de um sentimento revanchista em função da severidade dos
tratados impostos aos vencidos, especialmente à Alemanha.
e) a ocorrência de diversos conflitos
em várias partes do mundo, como a Guerra do Vietnã, a Guerra da Coreia,
conflitos em torno da descolonização, a guerra entre árabes e israelenses.
4. (Espm 2015) “Foi um período caracterizado por rápidas
investidas. Os alemães invadiram a Bélgica, cuja resistência heroica, notadamente
em Liège, possibilitaria a plena mobilização dos franceses e dos russos. Apesar
dos esforços franceses, 78 divisões germânicas armadas com artilharia pesada
chegaram às vizinhanças de Paris. Graças à extrema habilidade do general
Joffre, os alemães foram obrigados a recuar até o vale do Rio Marne, onde em
setembro foi disputada a primeira batalha do Marne com a participação de 2
milhões de homens.”
(Luiz Cesar
Rodrigues. A Primeira Guerra Mundial)
A primeira batalha do Marne tratada no texto deve
ser relacionada com:
a) a Blitzkrieg, estratégia de guerra
alemã que combinava o rápido avanço de tropas de infantaria com o apoio aéreo e
de blindados;
b) a guerra de trincheiras, cenário que
dominou todo o curso da Primeira Guerra Mundial;
c) a guerra de movimento, adotada no
início da Primeira Guerra Mundial pelos alemães, estratégia que fazia parte do
chamado Plano Schlieffen;
d) a primeira batalha em que se
registrou o emprego do gás como arma, recurso utilizado pelos alemães;
e) o sucesso do plano escolhido pelos
alemães para derrotar rapidamente a França, pois com a vitória na Batalha do
Marne os alemães conquistaram Paris.
5. (Espm 2014) As imagens apresentadas são
emblemáticas de um devastador conflito e fizeram o crítico literário, ensaísta,
tradutor, ficcionista e poeta Walter Benjamin afirmar:
Em vista de tais armas o ritmo do conflito bélico
vindouro será ditado pela tentativa não só de defender-se, mas também de suplantar
os terrores provocados pelo inimigo por terrores dez vezes maiores.
(Walter Benjamin. “As
armas do futuro”. In: Ilustríssima/ Folha de São Paulo, 28/07/2013)
As imagens e o texto remetem para:
a) Guerra Civil Norte-Americana.
b) Guerra dos Boeres.
c) Guerra Civil Espanhola.
d) Primeira Guerra Mundial.
e) Guerra Fria.
6. (Ufsm 2014) Analise a fotografia e o texto.
Esse conflito chamou a atenção por aplicar avanços
tecnológicos da época a serviço da destruição. Por isso, a guerra não era
travada apenas nos campos de batalha, na linha de frente, mas também nos
bastidores, na disputa industrial entre as nações pela fabricação de armas mais
potentes e revolucionárias. Pela primeira vez na história, a maior parte dos
recursos produzidos pela sociedade, sobretudo as inovações da ciência, estava
voltada para o esforço de guerra. Esse é um dos aspectos centrais que distingue
esse conflito dos anteriores: ele foi também uma guerra de tecnologia.
ALVES, A. e OLIVEIRA,
L. Conexões com a História. São Pauto: Moderna, 2010, vol. 3, p. 49. (adaptado)
O processo histórico que une a fotografia ao texto,
expressando um sentido comum a ambos, denomina-se
a) Guerra de Secessão.
b) Guerra do Ópio.
c) Guerra Hispano-Americana.
d) Primeira Guerra Mundial.
e) Segunda Guerra Mundial.
7. (Mackenzie 2014) A respeito da Primeira Guerra
Mundial (1914–1918), analise o texto e a imagem que se seguem.
[Na França](...) a bandeira tricolor, ou seja, o
repúdio da bandeira branca (a monarquia) e da bandeira vermelha (o socialismo),
e a soma das duas cores ao azul simbolizam emblematicamente um consenso que
reunia laicos e cristãos. Os padres se revelaram oficiais tão bons quanto os
professores. (...). A França e a Alemanha, duas nações cristãs, se massacraram
durante mais de quatro anos. Hoje é possível apontar certa ingenuidade nesse
ardor patriótico: no entanto, foi ele que permitiu a vitória à França e, para
os alemães, evitou que suas forças armadas se desintegrassem em 1918.
Gerard Vincent. Uma
história do segredo
Em 1º plano, globo terrestre com mancha de sangue
alastrando a partir da França; por detrás, soldado francês tentando, com
dificuldade, fixar nesse ponto uma bandeira um pouco esfarrapada com a palavra
“Liberté” (“Liberdade”). O soldado veste uma farda de cor azul; a bandeira é
branca, com letras vermelhas, mesma cor do sangue que escorre sobre o globo.
Vermelho, azul e branco são as cores da bandeira francesa.
Pela análise do texto e da imagem, conclui-se que
uma ideologia está por trás, tanto da discussão realizada no excerto, quanto na
montagem e na organização do cartaz. Essa mesma ideologia esteve não somente
entre as causas da Grande Guerra, mas também nas insatisfações que levariam à
Segunda Guerra Mundial (1939–1945). Trata-se do
a) internacionalismo.
b) socialismo.
c) nacionalismo.
d) liberalismo econômico.
e) nazifascismo.
8. (Ufpel 2008) Artigos do Tratado de Versalhes
(séc. XX):
Art. 45 - Alemanha cede à França a
propriedade absoluta [...], com direito total de exploração, das minas de
carvão situadas na bacia do rio Sarre.
Art. 119 - A Alemanha renuncia, em
favor das potências aliadas, a todos os direitos sobre as colônias
ultramarinas.
Art. 171 - Estão proibidas na Alemanha
a fabricação e a importação de carros blindados, tanques, ou qualquer outro
instrumento que sirva a objetivos de guerra.
Art. 232 - A Alemanha se compromete a
reparar todos os danos causados à população civil das potências aliadas e a
seus bens".
MARQUES, Adhemar
Martins et all. "História Contemporânea Textos e documentos". São
Paulo: Contexto, 1999.
De acordo com o texto e com seus conhecimentos, é
correto afirmar que o Tratado de Versalhes:
a) Encerrou a 2ª Guerra Mundial,
fazendo com que a Alemanha perdesse as colônias ultramarinas para os países dos
Aliados.
b) Extinguiu a Liga das Nações,
propondo a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, com o
objetivo de preservar a paz mundial.
c) Estimulou a competição econômica e
colonial entre os países europeus, culminando na 1ª Guerra Mundial.
d) Permitiu que as potências aliadas
dividissem a Alemanha no fim da 2ª Guerra Mundial, em quatro zonas de ocupação:
francesa, britânica, americana e soviética.
e) Impôs duras sanções à Alemanha, no
fim da 1ª Guerra Mundial, fazendo ressurgir o nacionalismo e reorganizando as
forças políticas do país.
9. (Ufpr 2008)
"A Grande Guerra
Mundial de 1939 a 1945 estava umbilicalmente ligada à Grande Guerra de
1914-1918. [...] Estes dois conflitos constituíram nada menos que a Guerra dos Trinta
Anos da crise geral do século XX. [...] A Grande Guerra de 1914, ou a fase
primeira e protogênica dessa crise geral, foi uma consequência da remobilização
contemporânea dos 'anciens regimes' da Europa. Embora perdendo terreno para as
forças do capitalismo industrial, as forças da antiga ordem ainda estavam
suficientemente dispostas e poderosas para resistir e retardar o curso da
história, se necessário recorrendo à violência. [...] Após 1918 - 1919 as
forças da permanência se recobraram o suficiente para agravar a crise geral da
Europa, promover o fascismo e contribuir para a retomada da guerra total em
1939."
(MAYER, Arno. "A
força da tradição: a persistência do Antigo Regime". São Paulo: Companhia
das Letras, 1987, p. 13 -14.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o
período, é correto afirmar:
a) A imobilização dos exércitos na
chamada "guerra de trincheiras", característica da I Guerra Mundial,
foi atribuída ao desequilíbrio econômico dos principais países envolvidos na
disputa, já que a unificação tardia da Alemanha impossibilitou um
desenvolvimento capaz de fazer frente ao poderio da Inglaterra e da
França.
b) No episódio da I Grande Guerra
Mundial, a identificação de elementos sociais oriundos do Antigo Regime destaca
a importância da tensão constante entre o potencial para as transformações e a
força das permanências na análise dos acontecimentos históricos.
c) As organizações de militantes
fascistas e nazistas, surgidas no contexto dos anos entreguerras, tinham por
base uma concepção aristocrática de mundo herdada do "ancien régime",
caracterizando-se assim mais como forças da antiga ordem do que como resultado
da modernidade capitalista.
d) A retomada da guerra total, em 1939,
foi marcada por uma mudança radical no cenário econômico internacional, pois,
ao contrário das disputas imperialistas que antecederam o conflito na I Guerra
Mundial, a Europa beneficiou-se amplamente da Grande Depressão que atingiu os
Estados Unidos da América.
e) É fundamental reconhecer o fracasso
do socialismo e da social-democracia a partir da emergência do nazi-fascismo, o
que explica a inequívoca opção do movimento trabalhista internacional pelas
forças partidárias da denominada antiga ordem, sobretudo nos anos que sucederam
as duas Grandes Guerras Mundiais.
10. (Uff 2012) No século XIX, um dos eventos mais
importantes foi a unificação alemã. A partir dela o mundo europeu e colonial
caminhou na direção da hegemonia da Alemanha.
Assinale a alternativa que melhor identifica o
período.
a) A Conferência Colonial de Berlim, em
1884/1885, simboliza a força do Império alemão nas conquistas das regiões
africanas, como o Egito.
b) A política alemã no processo de
expansão colonial do século XIX reacendeu as rivalidades entre as potências,
como a crise franco-italiana ocasionada pela conquista da Tunísia pela
França.
c) O prussiano Bismark foi o
responsável único pela unificação alemã e pela vitoriosa expansão colonial na
região da Ásia Menor.
d) A política socialista de Bismark
permitiu o fortalecimento econômico da Alemanha, pautado no apoio ás pequenas
empresas de origem familiar.
e) O período é marcado, não somente
pelo isolamento da França, mas também pelo enfraquecimento das relações
internacionais entre a Alemanha e a Itália.
11. (Puccamp) Uma ameaça que não se cumpriu
Em 1937, em Genebra, no plenário da Sociedade das
Nações, o embaixador japonês barão Shudo levantou a tese de que as regiões
inexploradas de vários países deveriam ser cedidas a nações ricas e populosas,
como o Japão, naturalmente. Nesse caso o Brasil Central desértico era uma
preocupação crescente. (...) Os estrategistas brasileiros concluíram que a
Amazônia se autodefendia do colonizador branco com suas doenças, suas selvas e
seu calor. Não havia porquê recear ali uma investida do Eixo. A mortandade
provocada nos estrangeiros pela construção da ferrovia Madeira-Mamoré, na atual
Rondônia, também corroborava essa tese.
Muito diferente, no entanto, era a situação da
pré-Amazônia mato-grossense e goiana, com suas extensas faixas de campos e
cerrados habitáveis, colonizáveis sem maiores esforços. Era o caso típico da
região do Araguaia-Xingu, que continha a Serra do Roncador e seus prodígios,
além dos garimpos de diamantes do alto Araguaia, em parte contrabandeados para
a Alemanha.
(Adaptado da Revista
"Especial Temática". O Brasil que Getúlio sonhou. n.4. São Paulo:
Duetto, 2004. p.71)
A Sociedade das Nações mencionada no texto, também
conhecida como Liga das Nações, foi criada em 1919 com o objetivo de
a) promover a paz armada, após o
Tratado de Versalhes, através da liderança do governo dos Estados Unidos, que
presidiu essa organização.
b) unir as nações democráticas e
economicamente mais poderosas, para impedir a volta do nazi-fascismo, cuja
expansão causara a Primeira Guerra Mundial.
c) executar as determinações previstas
pelo documento conhecido como "14 pontos de Wilson" e que favoreciam
os países da Tríplice Aliança.
d) promover o neocolonialismo na
África, Ásia e Oceania, condição fundamental para a expansão mundial do
capitalismo monopolista.
e) intermediar conflitos internacionais
a fim de preservar a paz mundial, fiscalizando o cumprimento dos tratados
pós-guerra.
12. (Cesgranrio) O clima de tensão oriundo da
expansão imperialista na Ásia e determinador do Primeiro Conflito Mundial pode
ser avaliado pelas:
a) rivalidades entre franceses e
ingleses na Indochina, entre ingleses e russos na Ásia Central e entre russos e
japoneses na Mandchúria e Coréia.
b) políticas de alianças entre russos e
japoneses para bloquear as pretensões inglesas e francesas no sudeste asiático.
c) tensões entre o Império Inglês e o
Império Chinês em torno da Coréia e da Mandchúria com o apoio da França à
Inglaterra.
d) rivalidades entre ingleses e
franceses no sudeste asiático, entre belgas e alemães em Port-Arthur e entre russos
e poloneses na Ásia Européia.
e) tensões entre o Império
Austro-Húngaro e a Grécia na região do sudeste asiático com o apoio da
Inglaterra aos gregos.
13. (Mackenzie) Ao término da Primeira Grande
Guerra, as potências vencedoras responsabilizaram a Alemanha pela guerra e
foi-lhe imposto um tratado punitivo, o Tratado de Versailles, que teve como
consequências:
a) degradação dos ideais liberais e
democráticos, agitações políticas de esquerda - como o movimento espartaquista
- crise econômica e desemprego.
b) enfraquecimento dos sentimentos
nacionais, militarização do Estado Alemão, recuperação econômica e incorporação
de Gdansk.
c) anexação das colônias de Togo e
Camarões, a afirmação dos ideais liberais e democráticos e a valorização do
marco alemão.
d) prosperidade econômica, rearmamento
alemão, desmembramento da Alemanha e fortalecimento dos partidos liberais.
e) surgimento da República Democrática
Alemã e da República Federal Alemã, fortalecimento do nazismo, militarismo e
diminuição do desemprego.
14. (Mackenzie) Dentre as causas da Primeira Grande
Guerra, destaca-se a questão balcânica, que pode ser associada:
a) à formação de novas nacionalidades,
como a Iugoslava sob a tutela da Alemanha.
b) às disputas coloniais na Ásia e na
África entre a França e a Inglaterra.
c) ao interesse russo em abrir os
estreitos de Bósforo e Dardanelos, o nacionalismo eslavo e ao temor austríaco
quanto à formação da Grande Sérvia.
d) às desavenças entre o Império
Austro-Húngaro e a Inglaterra ligadas à anexação da Bósnia-Herzegovina.
e) ao assassinato do Príncipe Herdeiro,
Francisco Ferdinando, e as questões pendentes relacionadas ao Tratado de
Brest-Litowsky e o desmembramento da Áustria-Hungria.
15. (Puccamp) A Primeira Guerra Mundial, que
enfraqueceu a Europa em população e importância econômica,
a) acarretou a criação da Liga
Pan-Germânica encarregada de efetivar o "Anschluss".
b) contribuiu para a concretização do
Pacto Germânico-Soviético de não agressão, firmado entre Guilherme II e Nicolau
II.
c) contribuiu para a formação, dentro
da Sérvia de sociedades secretas, tais como a Mão Negra fundada em 1921.
d) contribuiu para a criação de um
clima favorável para a aceitação dos princípios do socialismo utópico.
e) acarretou a difusão das idéias que
apontavam as contradições do liberalismo.
16. (Pucrs) Dentre os desdobramentos
político-econômicos imediatos na ordem internacional produzidos pela Primeira
Guerra Mundial (1914-1918), é correto apontar
a) o fim dos privilégios aduaneiros da
França no comércio com a Alemanha.
b) o surgimento da Organização das
Nações Unidas, por meio do Tratado de Sevres.
c) a criação da Iugoslávia, como
decorrência das questões políticas dos Balcãs.
d) a anexação da Palestina, da Síria e
do Iraque ao Império Otomano.
e) a incorporação da Hungria e da
Tchecoslováquia aos domínios austríacos.
17. (Uff) Muitos historiadores consideram a
Primeira Guerra Mundial como fator de peso na crise das sociedades liberais
contemporâneas. Assinale a opção que contém argumentos todos corretos a favor
de tal opinião.
a) A economia de guerra levou a um
intervencionismo de Estado sem precedentes; a "união sagrada" foi
invocada em favor de sérias restrições às liberdades civis e políticas e, em
função da guerra recém-terminada, eclodiram em 1920 graves dificuldades econômicas
que abalaram os países liberais sobretudo através da inflação.
b) Em todos os países, a economia de
guerra forçou a abolir os sindicatos operários, a confiscar as fortunas
privadas e a fechar os Parlamentos, pondo assim em cheque os pilares básicos da
sociedade liberal.
c) Durante a guerra foi preciso
instaurar regimes autoritários e ditatoriais em países antes liberais como a
França e a Inglaterra, num prenúncio do fascismo ainda por vir.
d) A guerra transformou Estados antes
liberais em gestores de uma economia militarizada que utilizou de novo o
trabalho servil para a confecção de armas e munições, em flagrante desrespeito
às liberdades individuais.
e) Derrotadas na Primeira Guerra
Mundial, as grandes potências liberais foram, por tal razão, impotentes para
conter, a seguir, o desafio comunista e o fascismo.
18. (Unesp) A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
resultou de uma alteração da ordem institucional vigente em longo período do
século XIX. Entre os motivos desta alteração, destacam-se
a) a divisão do mundo em dois blocos
ideologicamente antagônicos e a constituição de países industrializados na
América.
b) a desestabilização da sociedade europeia
com a emergência do socialismo e a constituição de governos fascistas nos
países europeus.
c) o domínio econômico dos mercados do
continente europeu pela Inglaterra e o cerco da Rússia pelo capitalismo.
d) a oposição da França à divisão de
seu território após as guerras napoleônicas e a aproximação entre a Inglaterra
e a Alemanha.
e) a unificação da Alemanha e os
conflitos entre as potências suscitados pela anexação de áreas coloniais na
Ásia e na África.
19. (Unifesp) Para o historiador Arno J. Mayer, as
duas guerras mundiais, a de 1914-1918 e a de 1939-1945, devem ser vistas como
constituindo um único conflito, uma segunda Guerra dos Trinta Anos. Essa
interpretação é possível pelo fato
a) de as duas guerras mundiais terem
envolvido todos os países da Europa, além de suas colônias de ultramar.
b) de prevalecer antes da Segunda
Guerra Mundial o equilíbrio europeu, tal como ocorrera antes de ter início a
primeira Guerra dos Trinta Anos, em 1618.
c) de, apesar da paz do período entre
guerras, a Segunda Guerra ter sido causada pelos dispositivos decorrentes da
Paz de Versalhes de 1919.
d) de terem ocorrido, entre as duas
guerras mundiais, rebeliões e revoluções como na década de 1640.
e) de, em ambas as guerras mundiais, o
conflito ter sido travado por motivos ideológicos, mais do que imperialistas.
20. (Puccamp 2001) Observe a gravura.
A imagem simboliza o fim da Primeira Guerra
Mundial. Ao associar a imagem aos acontecimentos daquele momento histórico,
pode-se afirmar que
a) os conflitos prosseguiram depois da
assinatura dos Tratados de Versalhes, já que a França não concordou em ceder à
Alemanha as regiões da Alsácia e Lorena.
b) não foram resolvidos os problemas
que deram origem à Primeira Guerra, já que os tratados de paz previam apenas
uma trégua, com a suspensão dos conflitos bélicos.
c) na verdade não houve paz, uma vez
que a Alemanha recusou-se a assinar o Tratado de Versalhes, elaborado pela
França e Inglaterra, que estabelecia o término dos conflitos.
d) os países europeus não tinham
condições bélicas de prosseguir os conflitos, motivo pelo qual pode-se explicar
a rendição de todos os países envolvidos na guerra.
e) apesar da paz estabelecida, a guerra
afetou profundamente a economia dos países europeus, que tiveram que arcar com
prejuízos imensos, mesmo os países vitoriosos.
21. (Uel)
A Grande Guerra de 1914 foi uma consequência da
remobilização contemporânea dos anciens regimes da Europa. Embora perdendo
terreno para as forças do capitalismo industrial, as forças da antiga ordem
ainda estavam suficientemente dispostas e poderosas para resistir e retardar o
curso da história, se necessário recorrendo à violência. A Grande Guerra foi
antes a expressão da decadência e queda da antiga ordem, lutando para prolongar
sua vida, que do explosivo crescimento do capitalismo industrial, resolvido a
impor a sua primazia. Por toda a Europa, a partir de 1917, as pressões de uma
guerra prolongada afinal abalaram e romperam os alicerces da velha ordem
entricheirada, que havia sido sua incubadora. Mesmo assim, à exceção da Rússia,
onde se desmoronou o antigo regime mais obstinado e tradicional, após 1918 - 1919
as forças da permanência se recobraram o suficiente para agravar a crise geral
da Europa, promover o fascismo e contribuir para retomada da guerra total em
1939.
(MAYER, A. "A
força da tradição: a persistência do Antigo Regime". São Paulo: Companhia das
Letras, 1987. p. 13 - 14.)
De acordo com o texto, é correto afirmar que a
Primeira Guerra Mundial:
a) Teria sido resultado dos conflitos
entre as forças da antiga ordem feudal e as da nova ordem socialista,
especialmente depois do triunfo da Revolução Russa.
b) Resultou do confronto entre as
forças da permanência e as forças de mudança, isto é, do escravismo decadente e
do capitalismo em ascensão.
c) Foi consequência do triunfo da
indústria sobre a manufatura, o que provocou uma concorrência em nível mundial,
levando ao choque das potências capitalistas imperialistas.
d) Foi produto de um momento histórico
específico em que as mudanças se processavam mais lentamente do que fazem crer
os historiadores que tratam a guerra como resultado do imperialismo.
e) Engendrou o nazi-fascismo, pois a
burguesia europeia, tendo apoiado os comunistas russos, criaram o terreno
propício ao surgimento e à expansão dos regimes totalitários do final do
século.
22. (Enem 2009) A primeira metade do século XX foi
marcada por conflitos e processos que a inscreveram como um dos mais violentos
períodos da história humana.
Entre os principais fatores que estiveram na origem
dos conflitos ocorridos durante a primeira metade do século XX estão
a) a crise do colonialismo, a ascensão
do nacionalismo e do totalitarismo.
b) o enfraquecimento do império
britânico, a Grande Depressão e a corrida nuclear.
c) o declínio britânico, o fracasso da
Liga das Nações e a Revolução Cubana.
d) a corrida armamentista, o
terceiro-mundismo e o expansionismo soviético.
Tire- me uma duvida Saravejo hoje é palco de uma guerra??????? (G1) Sarajevo é atualmente palco de guerra. Nos tempos passados também foi o estopim de um conflito conhecido por:
ResponderExcluira) Revolução Russa.
b) I Guerra Mundial.
c) Revolução Francesa.
d) Guerra entre os Aliados e o Eixo.
e) Guerra civil do Império Austro-Húngaro.
I Guerra Mundial
Excluiressa questão caiu na minha prova da escola
1ª guerra mundial, pelo assassinato de Francisco Ferdinando e sua esposa
ExcluirEm 28/06/1914 o Arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono Austro-Húngaro foi assassinado em Saravejo por um estudante sérvio Gravilo Princip , esse acontecimento foi o estopim da I Guerra Mundial.
ResponderExcluirQuanto a "Tire- me uma duvida Saravejo" a resposta é Primeira Guerra Mundial... Foi lá que o herdeiro do trono de Império Austro-Húngaro foi assassinado; sendo que a Sérvia é considerada culpada pelo evento, com isso o Império A-Húngaro declara guerra aquele país... os outros veem em socorro de seus parceiros (política de alianças)
ResponderExcluirUma pergunta responde a outra... Arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono Austro-Húngaro foi assassinado em Saravejo por um estudante sérvio Gravilo Princip... realmente foi o estopim da Guerra... Imperialismo, nacionalismo, Questão Balcânica, revanchismo francês... foram as causas da guerra.
ResponderExcluirque filho da mão esse passarinho que não me deixa ler direito aff
ResponderExcluiralguem pode me passa o gabarito?
ResponderExcluirO gabarito tá no final das questões!
ResponderExcluirme responde a questoa 19
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluiralguns historiadores a firmam que o tratado versalhes deveria ser um acordo de paz mas virou o estupim da II querra voce concorda justifique
ResponderExcluirSem dúvida! Realmente foi o estopim que irá desencadear a Segunda Guerra Mundial. Tendo em vista que a Alemanha foi humilhada com o tratado, perdeu territórios e foi obrigada a se desarmar, além de ter de arcar com despesas da guerra. Acrescenta-se a isso a crise de 1929, que agravou a situação da Alemanha e o avanço do movimento comunista pela Europa, espalhando o temor dos ricos em perder os seus bens e apoiou o Nazismo, de Hitler.
Excluir17. (Unesp) Ao eclodir a Primeira Guerra Mundial, em 1914, a Alemanha dispunha de um plano militar - o Plano Schlieffen - que tinha como principal objetivo:
ResponderExcluira) o ataque naval à Inglaterra.
b) neutralizar os Estados Unidos.
c) a aliança com a Itália e o Japão.
d) agir ofensivamente contra a França e a Rússia.
e) a anexação da Áustria.
qual?
Alternativa - D -
Excluirnessa questão 8 é alternativa C...não?
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