1) (ENEM-1998) A figura de Getúlio Vargas, como personagem histórica, é bastante polêmica, devido à complexidade e à magnitude de suas ações como presidente do Brasil durante um longo período de quinze anos (1930-1945). Foram anos de grandes e importantes mudanças para o país e para o mundo. Pode-se perceber o destaque dado a Getúlio Vargas pelo simples fato de este período ser conhecido no Brasil como a “Era Vargas”.
Entretanto, Vargas não é visto de forma favorável por todos. Se muitos o consideram como um fervoroso nacionalista, um progressista ativo e o “Pai dos Pobres”, existem outros tantos que o definem como ditador oportunista, um intervencionista e amigo das elites.
Considerando as colocações acima, responda à questão seguinte, assinalando a alternativa correta:
Provavelmente você percebeu que as duas opiniões sobre Vargas são opostas, defendendo valores praticamente antagônicos. As diferentes interpretações do papel de uma personalidade histórica podem ser explicadas, conforme uma das opções abaixo. Assinale-a.
a) Um dos grupos está totalmente errado, uma vez que a permanência no poder depende de ideias coerentes e de uma política contínua.
b) O grupo que acusa Vargas de ser ditador está totalmente errado. Ele nunca teve uma orientação ideológica favorável aos regimes politicamente fechados e só tomou medidas duras forçado pelas circunstâncias.
c) Os dois grupos estão certos. Cada um mostra Vargas da forma que serve melhor aos seus interesses, pois ele foi um governante apático e fraco – um verdadeiro marionete nas mãos das elites da época.
d) O grupo que defende Vargas como um autêntico nacionalista está totalmente enganado. Poucas medidas nacionalizantes foram tomadas para iludir os brasileiros, devido à política populista do varguismo, e ele fazia tudo para agradar aos grupos estrangeiros.
e) Os dois grupos estão errados, por assumirem características parciais e, às vezes conjunturais, como sendo posturas definitivas e absolutas.
2) (ENEM-1998) Você está estudando o abolicionismo no Brasil e ficou perplexo ao ler o seguinte documento:
Texto 1
Discurso do deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira – Brasil 1879
No dia 5 de março de 1879, o deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira, discursando na Câmara, afirmou que era preciso que o poder público olhasse para a condição de um milhão de brasileiros, que jazem ainda no cativeiro. Nessa altura do discurso foi aparteado por um deputado que disse: “BRASILEIROS, NÃO”.
Em seguida, você tomou conhecimento da existência do Projeto Axé (Bahia), nos seguintes termos:
Texto 2
Projeto Axé, Lição de cidadania – 1998 – Brasil
Na língua africana Iorubá, axé significa força mágica. Em Salvador, Bahia, o Projeto Axé conseguiu fazer, em apenas três anos, o que sucessivos governos não foram capazes: a um custo dez vezes inferior ao de projetos governamentais, ajuda meninos e meninas de rua a construírem projetos de vida, transformando-os de pivetes em cidadãos.
A receita do Axé é simples: competência pedagógica, administração eficiente, respeito pelo menino, incentivo, formação e bons salários para os educadores. Criado em 1991 pelo advogado e pedagogo italiano Cesare de Florio La Rocca, o Axé atende hoje a mais de duas mil crianças e adolescentes.
A cultura afro, forte presença na Bahia, dá o tom do Projeto Erê (entidade criança do candomblé), a parte cultural do Axé. Os meninos participam da banda mirim do Olodum, do Ilé Ayê e de outros blocos, jogam capoeira e têm um grupo de teatro.
Todas as atividades são remuneradas. Além da bolsa semanal, as crianças têm alimentação, uniforme e vale-transporte.
Com a leitura dos dois textos, você descobriu que a cidadania:
a) jamais foi negada aos cativos e seus descendentes.
b) foi obtida pelos ex-escravos tão logo a abolição fora decretada.
c) não era incompatível com a escravidão.
d) ainda hoje continua incompleta para milhões de brasileiros.
e) consiste no direito de eleger deputados.
3) (GUIADOESTUDANTE/SIMULADO/2009) Leia os textos para responder à questão.
Desde o final dos anos 1960, Odair [José] começou a ter problemas com o órgão repressor oficiai do país na época da ditadura [militar]. Várias letras de sua autoria foram dilaceradas, desmembradas e proibidas pelos agentes da censura. Mas Odair não se dava por vencido e seguia compondo e cantando. Talvez a música mais emblemática da carreira de compositor de Odair seja “Uma Vida Só”, também conhecida como “Pare de Tomar a Pílula” [Todo dia a gente ama/ Mas você não quer deixar nascer/ O fruto desse Amor/ Pare de tomar a pílula/ Porque ela não deixa nosso filho nascer].
Fonte: CABRERA, Antonio Carlos. Almanaque da Música Brega. São Paulo: Matrix Editora, 2007, p. 91
Previsivelmente, a marcação sobre ele [Chico Buarque de Holanda] aumentou depois de “Apesar de Você”. Composto para um disco de Mário Reis, o samba “Bolsa de Amores” [Comprei na Bolsa de Amores/ As ações melhores que encontrei por lá/ Ações de uma morena dessas/ Que dão lucro à beça/ Bem que dizia meu corretor/ A moça é fria/ É ordinária ao portador] foi vetado de ponta a ponta, como ‘um desrespeito à mulher brasileira’, em abril de 1971. O veterano cantor, em protesto contra a proibição, deixou seu LP com apenas onze faixas. “Bolsa de Amores”, que permaneceria inédita, aproveitava de maneira bem-humorada o tema da especulação financeira, que o ‘milagre brasileiro’ pusera em moda.
Fonte: HOLANDA, Chico Buarque de. Letra e Música. São Paulo: Cia. Das Letras, 2004, p. 130
Assinale a alternativa que pode relacionar os temas apresentados nos textos.
a) A censura à produção cultural durante os anos dos governos militares não se restringiu às críticas aos setores político e econômico, atingindo também questões de ordem moral, como o uso de anticoncepcionais.
b) A tentativa de artistas de driblar a censura do regime militar levou-os a compor temas desvinculados de críticas às instituições políticas e econômicas, optando por satirizar a sociedade conservadora da época, como fica claro nas canções acima.
c) Ao censurar a canção composta por Chico Buarque de Holanda em 1971, o governo militar brasileiro iniciou uma rígida patrulha ideológica sobre a produção cultural no país. O desfecho dessa patrulha foi a edição do AI-5, em dezembro do mesmo ano.
d) Até 1973, ano da censura à canção de Odair José, a censura atuava exclusivamente sobre a produção de artistas ditos “intelectuais”, como Chico Buarque, pois não via uma ameaça real ao poder militar na produção destinada às camadas mais humildes da população.
e) Os militares procuravam censurar canções que consideravam ofensivas aos brasileiros. O uso de expressões como “a moça é fria, é ordinária”, por Chico Buarque, e “todo dia a gente ama”, por Odair José, motivou a censura das canções acima.
4) (ANGLO/SIMUL/2009) Uma canção de autoria desconhecida assim se referia à Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro em 1904:
Bem no braço do Zé Povo
Chega o tipo e logo vai
Enfiando aquele troço
A lanceta e tudo o mais
Mas a lei manda que o povo
E o coitado do freguês
Vá gemendo na vacina
Ou então vá pro xadrez.
E os doutores da higiene
Vão deitando logo a mão
Sem saberem se o sujeito
Quer levar o ferro ou não
Seja moço ou seja velho
Ou mulatinha que tem visgo
Homem sério, tudo, tudo,
Leva ferro que é servido.
Aponte a crítica mais explícita contida nos versos:
a) A vacinação obrigatória era muito cara para as posses da maioria da população.
b) Foi autoritarismo do governo obrigar a população a vacinar-se sem fornecer esclarecimentos prévios sobre a vacina.
c) A vacinação era feita sem os mínimos cuidados com a higiene.
d) A vacinação priorizava os mais velhos, desprezando a população jovem.
e) Os médicos tinham preconceito contra os mais pobres, negros e mestiços.
5) (ANGLO/SIMUL/2009) “No navio em que saímos de Angola (…) conheci um velho que afirmava ter sido amigo de meu pai. Ele recordou-me que na nossa língua (e em quase todas as outras línguas da África ocidental) o mar tem o mesmo nome que a morte: Calunga. Para a maior parte dos escravos, portanto, aquela jornada era uma passagem através da morte”.
(José Eduardo Agualusa, Nação Crioula)
O fragmento acima refere-se a um aspecto da tradição cultural da África ocidental, que os contingentes de escravos trazidos para o Brasil trouxeram consigo. Trata-se da ideia de que:
a) a escravidão era considerada de uma forma positiva, havendo seitas místicas que viam no cativeiro uma possibilidade de renascimento.
b) a tradição católica foi incorporada pelos africanos, comparando-se a travessia do Atlântico com o episódio bíblico do Êxodo.
c) a escravidão era impossível na África, local de vida, sendo apenas tolerada pelos africanos na América.
d) a vida deixada na África era a única vida possível, sendo a travessia do Atlântico já considerada uma morte.
e) a influência islâmica na África negra via na América local de ressurreição, equivalente ao paraíso muçulmano.
6) (ANGLO/SIMULADO/2001) Nos anos de 1970, o presidente Médici declarou que “o Brasil é um país rico, mas o povo é pobre”. Observe o gráfico abaixo, que mostra a evolução do índice do Produto Interno Bruto (PIB) por habitante e a do índice do salário mínimo real, entre 1940 e 1984 (base 100 = 1940):
De acordo com o gráfico, qual das conclusões está correta?
a) Durante o Regime Populista (1945-1964), o PIB por habitante cresceu na mesma proporção que o salário mínimo real.
b) No Regime Militar (1964-1985), o PIB por habitante foi duplicado, enquanto o salário mínimo real se manteve estável.
c) Em relação a 1940, o governo Getúlio Vargas conseguiu um aumento real tanto do salário mínimo quanto do PIB por habitante.
d) Durante o Regime Militar (1964-1985), o PIB por habitante cresceu acima de três vezes em relação a 1940, enquanto o salário mínimo caiu para menos da metade do valor de 1955.
e) Foi durante os regimes populista e militar que os índices, respectivamente, de maior alta do PIB por habitante e de maior baixa do salário mínimo real foram atingidos.
7) (GUIADOESTUDANTE/SIMULADO/2009) “A ‘democracia corintiana’ reforçou o palanque das diretas, com Sócrates e Vladimir ao microfone, compartilhando a cena com os atores Kito Junqueira e Tânia Alves e o jornalista Juca Kfouri”.
As informações acima referem-se a um episódio marcante da vida política brasileira. A esse episódio é possível afirmar que:
a) não teve maiores desdobramentos no processo de abertura política, durante a fase final do regime militar.
b) fracassou em seus objetivos imediatos, com a eleição para presidente de João Batista de Figueiredo.
c) mobilizou setores sociais que lideraram o processo de redefinição política e culminou com a Constituição de 1988.
d) contribuiu para reforçar as amarras do regime ditatorial, culminando com a criação do Estado Novo.
e) permitiu a edição do AI-5, levando à cassação dos direitos políticos dos brasileiros e à censura aos meios de comunicação.
8) (GUIADOESTUDANTE/SIMULADO/2009) Observe a foto e analise o texto:
“... O pacote brasileiro contra os efeitos da crise financeira internacional ganhou novos ingredientes na semana passada. Os trabalhadores dos setores mais afetados que perderam o emprego a partir de dezembro terão direito a dois meses a mais de seguro-desemprego. As revendedoras de carros foram contempladas com uma linha de crédito de 200 milhões de reais para capital de giro...”
Fonte: Revista Veja, 18/2/2009, p.73
Para administrar o território, o Estado brasileiro conta com, entre outros expedientes, a arrecadação de impostos, e cabe a ele a sua melhor utilização. O texto acima refere-se a uma indicação de uma intervenção do governo. Nesse sentido pode-se relacionar a notícia acima com a seguinte afirmativa:
a) A maioria dos investimentos e gastos governamentais atende às demandas do mercado externo.
b) O governo, que arrecada parte da renda nacional, pode redistribuí-la na construção de melhores escolas e hospitais, no estímulo a setores econômicos que criem empregos, na proteção do desemprego etc.
c) Os serviços e programas sociais oferecidos pelo governo gratuitamente à população significam prejuízos aos cofres públicos e postura paternalista.
d) Os trabalhadores dos setores mais afetados pela crise, mesmo que involuntariamente, acabam desestabilizando todo o sistema tributário.
e) O governo criou o seguro-desemprego neste momento de crise, atendendo às exigências das revendedoras de carro.
9) (INEP/SIMULADO/NOVOENEM/2009) O tráfico de escravos em direção à Bahia pode ser dividido em quatro períodos:
1º – O ciclo da Guiné durante a segunda metade do século XVI;
2º – O ciclo de Angola e do Congo no século XVII;
3º – O ciclo da Costa da Mina durante os três primeiros quartos do século XVIII;
4º – O ciclo da Baía de Benin entre 1770 e 1850, estando incluído aí o período do tráfico clandestino.
A chegada dos daomeanos (jejes) ocorreu nos dois últimos períodos. A dos nagô-iorubás corresponde, sobretudo, ao último. A forte predominância dos iorubás na Bahia, de seus usos e costumes, seria explicável pela vinda maciça desse povo no último dos ciclos.
VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos: dos séculos XVII a XIX. Tradução de Tasso Gadzanis. São Paulo: Corrupio, 1987. p. 9. (com adaptações).
Os diferentes ciclos do tráfico de escravos da costa africana para a Bahia, no Brasil, indicam que
a) o início da escravidão no Brasil data do século XVI, quando foram trazidos para o Nordeste os chamados “negros da Guiné”, especialistas na extração de ouro.
b) a diversidade das origens e dos costumes de cada nação africana é impossível de ser identificada, uma vez que a escravidão moldou os grupos envolvidos em um processo cultural comum.
c) os ciclos correspondentes a cada período do tráfico de diferentes nações africanas para a Bahia estão relacionados aos distintos portos de comercialização de escravos.
d) o tráfico de escravos jejes para a Bahia, durante o ciclo da Baía de Benin, ocorreu de forma mais intensa a partir do final do século XVII até a segunda metade do século XVIII.
e) a escravidão nessa província se estendeu do século XVI até o início do século XVIII, diferentemente do que ocorreu em outras regiões do País.
10) (INEP/SIMULADO/NOVOENEM/2009) Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. [...] Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma.
VARGAS, Getúlio. Carta Testamento, Rio de Janeiro, 23/08/1954 (fragmento).
Disponível
em: .
Acesso
em: 26 jun. 2009.
O contexto político tratado refere-se a um significativo período da história do Brasil, o 2º Governo de Vargas (1951-1954), que foi marcado pelo aumento da infiltração do Partido Comunista Brasileiro (PCB) nos sindicatos e pelo distanciamento entre Getúlio e os militares que o haviam apoiado durante o Estado Novo. O conteúdo da carta testamento de Getúlio aponta para a:
a) existência de um conflito ideológico entre as forças nacionais e a pressão do capital internacional.
b) tendência de instalação de um governo com o apoio do povo e sob a égide das privatizações.
c) construção de um pacto entre o governo e a oposição visando fortalecer a Petrobrás.
d) iminência de um golpe protagonizado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB).
e) pressão dos militares contra o monopólio estatal sobre a exploração e a comercialização do petróleo.
11) (ELITE/SIMULADO/ENEM/2009) ... todos os brasileiros, e sobretudo os brancos, não percebem suficientemente que é tempo de se fechar a porta aos debates políticos (...). Se se continua a falar dos direitos dos homens, da igualdade, terminar-se-á por pronunciar a palavra fatal: liberdade, palavra terrível e que tem muito mais força num País de escravos que em qualquer outra parte ..."
(MOTA, Carlos Guilherme (org.). "1822: dimensões". São Paulo: Perspectiva, 1972. p. 482.)
O texto acima, escrito provavelmente por volta de 1823/1824, é parte de uma carta sobre a independência do Brasil, enviada por um observador europeu a D. João VI. Leia com atenção o texto e, a seguir, assinale a alternativa que expressa a configuração social do processo brasileiro de independência.
a) A democracia racial, decorrente de uma intensa miscigenação durante o período colonial, contribuiu para conciliar, logo nos primeiros anos do Império, os interesses dos distintos grupos sociais.
b) A "solução monárquica", através da qual a jovem nação optava por afastar-se de seus vizinhos americanos e adotar modelos políticos europeus, foi historicamente necessária como instrumento de conciliação das raças no Brasil.
c) O "haitianismo", temor da elite branca brasileira de que se repetisse no Brasil uma revolução negra, tal qual ocorrera no Haiti, limitou as bases sociais da independência e justificou manifestações como essa da carta transcrita.
d) Em razão de temores como aquele expresso na carta citada, a independência fez-se acompanhar de um processo crescente de enfraquecimento da escravidão. Os mesmos grupos que lideraram o processo de independência liderariam, anos depois, a abolição da escravatura.
e) O temor expresso na carta é infundado, pois além de contar com um número pequeno de escravos à época da independência, as relações entre os escravos e seus senhores, no Brasil, sempre foram cordiais, decorrendo justamente disso a noção de "democracia racial".
12) (ELITE/SIMULADO/ENEM/2009) O conhecimento sobre as formas de sobrevivência humana, na pré-história brasileira, é um grande quebra-cabeça que vem sendo estudado por pré-historiadores e arqueólogos. Sobre a pré-história brasileira, assinale a alternativa correta.
a) Os habitantes dos sambaquis sepultavam os seus mortos, colocando os corpos em urnas funerárias e os enterravam sob suas cabanas.
b) Denomina-se arte rupestre o conjunto de pinturas corporais, em cerâmica e em artefatos de madeira, produzidos na pré-história brasileira.
c) O estudo da cultura material, incluindo a arte rupestre, pode gerar conhecimento sobre aspectos da vida material e espiritual dos povos que a produziram.
d) As recentes pesquisas arqueológicas realizadas no Nordeste brasileiro comprovam a tese defendida na década de sessenta: o homem mais antigo do Brasil teria existido por volta de doze mil anos atrás.
e) Através de escavações realizadas nos Estados de Goiás e Mato Grosso, foi comprovada a tese de que, nestas regiões, habitavam povos descendentes de incas bolivianos.
13) (ELITE/SIMULADO/ENEM/2009) Textos e imagens sobre o período colonial brasileiro são ricos em informações históricas. Sobre esses documentos, é INCORRETA uma dessas afirmações.
a) A partir de pinturas e desenhos sobre o período colonial brasileiro é possível identificar culturas indígenas diferentes.
b) Em muitas cenas, foram retratados rituais de canibalismo. Mas foram retratados nativos como bons selvagens.
c) No curso dos séculos reservados ao período colonial, desenhos e também pinturas privilegiaram, como tema, paisagens e acidentes geográficos.
d) A quantidade e a qualidade dos desenhos e das pinturas sobre o Novo Mundo revelam a importância dada à produção de informações na época.
e) O Brasil ficou conhecido na Europa moderna devido apenas aos textos e imagens produzidos pelos ibéricos.
14) (ELITE/SIMULADO/ENEM/2009) Foi outorgada, definia a religião católica como oficial, estabeleceu o voto censitário, além da liberdade econômica e de iniciativa. O contexto histórico da Constituição Brasileira que tinha estas características está na opção:
a) o período da Inconfidência Mineira que adotou como constituição provisória a dos Estados Unidos
b) a fase da administração pombalina que elevou o Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves, por conseguinte, elaborando a primeira Carta Magna do Brasil
c) o processo de organização do Estado Brasileiro, coincidindo com o Primeiro Reinado
d) momento que foi antecedido com a Proclamação da República e que culminou com a Constituição Republicana do Brasil
e) a implantação do Estado Novo com Getúlio Vargas que impunha para o povo brasileiro uma nova Constituição, a fim de regularizar e ratificar as suas ações e rumos que estava dando para o Brasil
15) (ELITE/SIMULADO/ENEM/2009) Segundo José Murilo de Carvalho, "a principal característica da independência brasileira foi a negociação entre a elite nacional, a coroa portuguesa e a Inglaterra."
(CARVALHO, J.M. "Cidadania no Brasil".)
Desta forma, em comparação com os demais países da América Latina, é INCORRETO dizer que:
a) no Brasil, o processo de independência foi relativamente pacífico, com conflitos militares isolados, como no Maranhão e na Bahia.
b) na América hispânica, houve a formação de grandes exércitos e a ascensão de figuras emblemáticas de "libertadores" como Simon Bolívar e Sucre.
c) um ponto comum no processo de independência da América Espanhola e do Brasil envolve a questão do trabalho, ou seja, em ambos, o processo levou à abolição da escravidão indígena e africana.
d) enquanto no Brasil foi instituída uma monarquia constitucional e mantida a unidade territorial, na América Hispânica o movimento de independência, em geral, resultou na criação de diversas repúblicas.
e) a Inglaterra, direta ou indiretamente, apoiou o movimento de Independência do Brasil e do restante da América Latina e também a formação do exército de libertação de Bolívar.
16) (ANGLO/SIMULADO/2004) Os traficantes de escravos que arrastaram mais de 11 milhões de africanos para a América nos séculos coloniais procuravam apagar da memória dos negros as suas origens. Uma interessante pesquisa de cientistas espanhóis e brasileiros, contudo, está rastreando essas origens por meio do material genético presente nos descendentes daqueles escravos.
a) Uma das mais importantes fontes de escravos para o Brasil foi Moçambique, localizado na região Sudeste da África.
b) As populações de Angola e do Congo, de língua banto, na África Centro-Ocidental, deram importante contribuição para o fornecimento de escravos ao Brasil.
c) Os contingentes de escravos enviados ao Brasil tinham origens equilibradamente distribuídas pelo continente africano.
d) As regiões orientais da África, junto ao Oceano Índico, tiveram maior peso no fornecimento de contingentes escravos ao Brasil.
e) Também a África árabe contribuiu de forma importante com a composição dos trabalhadores enviados ao Brasil colonial.
17) (ENEM-2003) A seguir são apresentadas declarações de duas personalidades da História do Brasil a respeito da localização da capital do país, respectivamente um século e uma década antes da proposta de construção de Brasília como novo Distrito Federal.
Declaração I: José Bonifácio
Com a mudança da capital para o interior, fica a Corte livre de qualquer assalto de surpresa externa, e se chama para as províncias centrais o excesso de população vadia das cidades marítimas. Desta Corte central dever-se-ão logo abrir estradas para as diversas províncias e portos de mar.
(Carlos de Meira Matos. Geopolítica e modernidade: geopolítica brasileira.)
Declaração II: Eurico Gaspar Dutra
Na América do Sul, o Brasil possui uma grande área que se pode chamar também de Terra Central. Do ponto de vista da geopolítica sul-americana, sob a qual devemos encarar a segurança do Estado brasileiro, o que precisamos fazer quanto antes é realizar a ocupação da nossa Terra Central, mediante a interiorização da Capital.
(Adaptado de José W. Vesentini. A Capital da geopolítica.)
Considerando o contexto histórico que envolve as duas declarações e comparando as idéias nelas contidas, podemos dizer que:
a) Ambas limitam as vantagens estratégicas da definição de uma nova capital a questões econômicas.
b) apenas a segunda considera a mudança da capital importante do ponto de vista da estratégia militar.
c) ambas consideram militar e economicamente importante a localização da capital no interior do país.
d) apenas a segunda considera a mudança da capital uma estratégia importante para a economia do país.
e) nenhuma delas acredita na possibilidade real de desenvolver a região central do país a partir da mudança da capital.
18) (ANGLO/SIMULADO/2007) As estrofes a seguir encerram o poema “A fuga”, de José Paulo Paes, que trata de acontecimentos ligados à vinda da Família Real para o Brasil em 1808:
(...) E mais: doutores, legistas
E mestres de muito ofício.
E o áureo clarim da imprensa,
Cujo som, de forte e grave,
Não há mordaça que trave.
A estrela da liberdade
Ao cabo tendes na mão.
Lembrai-vos, pois, deste rei
Gordo, pávido, risonho,
Que fugiu de Napoleão.
(Histórias do Brasil na poesia de José Paulo Paes. São Paulo: Global, 2006. p. 29.)
Assinale a alternativa que contenha uma interpretação adequada dos objetivos dessas estrofes:
a) O enunciador pretende satirizar Napoleão e elogiar as pessoas que acompanharam a Corte de D. Pedro ao Brasil, como “doutores, legistas / E mestres de muito ofício”, além da imprensa que “Não há mordaça que trave”.
b) O enunciador acaba por reconhecer a importância de D. João VI, embora o apresente, de modo muito bem-humorado, como um “rei / Gordo, impávido, risonho, / Que fugiu de Napoleão”.
c) O enunciador celebra “A estrela da liberdade”. Trata-se de uma referência à independência do Brasil, que só pôde ocorrer devido à habilidade política de D. Pedro I, que era filho de D. João VI.
d) O título do poema — “Fuga” — já remete à tradição brasileira de fugir de seus problemas sociais, apesar de a imprensa, com seu som “forte e grave”, denunciá-los por meio de “áureo clarim”.
e) O enunciador compartilha a visão estereotipada que se tem do príncipe-regente D. João VI, “Que fugiu de Napoleão” e, dessa maneira, atrasou em muitos anos o processo de independência do Brasil.
19) (ENEM-2003) A primeira imagem abaixo (publicada no século XVI) mostra um ritual antropofágico dos índios do Brasil. A segunda mostra Tiradentes esquartejado por ordem dos representantes da Coroa portuguesa.
A comparação entre as reproduções possibilita as seguintes afirmações:
I. Os artistas registraram a antropofagia e o esquartejamento praticados no Brasil.
II. A antropofagia era parte do universo cultural indígena e o esquartejamento era uma forma de se fazer justiça entre luso-brasileiros.
III. A comparação das imagens faz ver como é relativa a diferença entre “bárbaros” e “civilizados”, indígenas e europeus.
Está correto o que se afirma em:
a) I apenas.
b) II apenas.
c) III apenas.
d) I e II apenas.
e) I, II e III.
20) (ENEM-2004) Constituição de 1824:
“Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador (…) para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos demais poderes políticos (...) dissolvendo a Câmara dos Deputados nos casos em que o exigir a salvação do Estado.”
Frei Caneca:
“O Poder Moderador da nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação brasileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a Câmara dos Deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o Senado, que é o representante dos apaniguados do imperador.”
(Voto sobre o juramento do projeto de Constituição)
Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constituição outorgada pelo Imperador em 1824 era:
a) Adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram escolhidos pelo Imperador.
b) eficaz e responsável pela liberdade dos povos, porque garantia a representação da sociedade nas duas esferas do poder legislativo.
c) arbitrário, porque permitia ao Imperador dissolver a Câmara dos Deputados, o poder representativo da sociedade.
d) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os deputados representantes da Nação.
e) capaz de responder às exigências políticas da nação, pois supria as deficiências da representação política.
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9) (INEP/SIMULADO/NOVOENEM/2009) O tráfico de escravos em direção à Bahia pode ser dividido em quatro períodos:
ResponderExcluir1º – O ciclo da Guiné durante a segunda metade do século XVI;
2º – O ciclo de Angola e do Congo no século XVII;
3º – O ciclo da Costa da Mina durante os três primeiros quartos do século XVIII;
4º – O ciclo da Baía de Benin entre 1770 e 1850, estando incluído aí o período do tráfico clandestino.
A chegada dos daomeanos (jejes) ocorreu nos dois últimos períodos. A dos nagô-iorubás corresponde, sobretudo, ao último. A forte predominância dos iorubás na Bahia, de seus usos e costumes, seria explicável pela vinda maciça desse povo no último dos ciclos.
VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos: dos séculos XVII a XIX. Tradução de Tasso Gadzanis. São Paulo: Corrupio, 1987. p. 9. (com adaptações).
Os diferentes ciclos do tráfico de escravos da costa africana para a Bahia, no Brasil, indicam que
a) o início da escravidão no Brasil data do século XVI, quando foram trazidos para o Nordeste os chamados “negros da Guiné”, especialistas na extração de ouro.
b) a diversidade das origens e dos costumes de cada nação africana é impossível de ser identificada, uma vez que a escravidão moldou os grupos envolvidos em um processo cultural comum.
c) os ciclos correspondentes a cada período do tráfico de diferentes nações africanas para a Bahia estão relacionados aos distintos portos de comercialização de escravos.
d) o tráfico de escravos jejes para a Bahia, durante o ciclo da Baía de Benin, ocorreu de forma mais intensa a partir do final do século XVII até a segunda metade do século XVIII.
e) a escravidão nessa província se estendeu do século XVI até o início do século XVIII, diferentemente do que ocorreu em outras regiões do País.
Boa noite, as questões são bem selecionadas sempre utilizo os exercícios do site para revisão. Vocês poderiam colocar todas as questões de historia do Enem se possível?
ResponderExcluirCaro colega, tenho todas do ENEM e mais Anglo, Guia do Estudante, dentre outros... mande o email para enviar a vc!
Excluirse possivel manda pra mim.
ExcluirBoa noite,comecei a estudar hoje os simulados disponíveis por esse site,e gostaria que você me recomenda-se a melhor forma para que eu possa começar a estudar para história conseguindo assim,abranger todos os assuntos considerados importante no exame nacional(ENEM),Desde já agradeço!
ResponderExcluirColega uso as questões para a revisão envie em em meu site tambem agadeço desde ja valdirlivre@hotmail.com
ResponderExcluirColega uso as questões para a revisão envie em em meu site tambem agadeço desde ja valdirlivre@hotmail.com
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