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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Primeiro Reinado - Questões de Vestibulares

1. (Fuvest 2016) Examine o gráfico.
 
O gráfico fornece elementos para afirmar:
a) A despeito de uma ligeira elevação, o tráfico negreiro em direção ao Brasil era pouco significativo nas primeiras décadas do século XIX, pois a mão de obra livre já estava em franca expansão no país.   
b) As grandes turbulências mundiais de finais do século XVIII e de começos do XIX prejudicaram a economia do Brasil, fortemente dependente do trabalho escravo, mas incapaz de obter fornecimento regular e estável dessa mão de obra.   
c) Não obstante pressões britânicas contra o tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se manteve alto, contribuindo para que a ordem nacional surgida com a Independência fosse escravista.   
d) Desde o final do século XVIII, criaram-se as condições para que a economia e a sociedade do Império do Brasil deixassem de ser escravistas, pois o tráfico negreiro estava estagnado.   
e) Rapidamente, o Brasil aderiu à agenda antiescravista britânica formulada no final do século XVIII, firmando tratados de diminuição e extinção do tráfico negreiro e acatando as imposições favoráveis ao trabalho livre.   
  
2. (IFBA 2016)  Neste país, que se presume constitucional e onde só deverão ter ação poderes delegados, responsáveis, acontece, por defeito do sistema, que só há um poder ativo onímodo, onipotente, perpétuo, superior à lei, e à opinião, e esse é justamente o poder sagrado, inviolável e irresponsável. (Trecho do Manifesto Republicano, publicado no Jornal A República, do Rio de Janeiro, em dezembro de 1870.) 
Disponível em: . Acesso em 20.09.2015.

A crítica apresentada pelo Manifesto Republicano de 1870 pode ser associada:
a) ao despototismo de D. Pedro II, no desrespeito à Constituição Imperial.   
b) aos amplos e ilimitados poderes garantidos ao Imperador pelo Poder Moderador.   
c) à irresponsabilidade de D. Pedro II no trato com o dinheiro e com as finanças públicas.   
d) ao estado de corrupção e fraudes que envolvia D. Pedro II e grande parte de seus assessores.   
e) aos prejuízos econômicos do país nas negociatas que D. Pedro II realizou com a Inglaterra.   
  
3. (IFBA 2016)  Os negros livres e libertos preocuparam os observadores do acaso do Império português no Brasil, mas foi, sobretudo, pensando nos escravos que eles distinguiram a atuação de um “partido negro”. Um anônimo informante da Coroa portuguesa escreveria numa data entre 1822 e 1823: (...) embora havendo no Brasil aparentemente só dois partidos [portugueses e brasileiros], existe também um terceiro: o partido dos negros e das pessoas de cor, que é o mais perigoso, pois se trata do mais forte numericamente falando. Tal partido vê com prazer e com esperanças criminosas as dissensões existentes entre os brancos, os quais dia a dia têm seus números reduzidos”. 
Fonte: REIS, João José. O Jogo Duro do Dois de Julho: o “Partido Negro” da Independência da Bahia. In: REIS, João José & SILVA, Eduardo. Negociação e Conflito. A resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 79-98.

A denúncia da existência de um perigoso “partido negro”, no contexto da luta pela independência na Bahia, pode ser explicada pela:
a) ameaça dos negros, escravizados e libertos, de se revoltarem contra os brancos e lutarem pela continuidade do domínio lusitano sobre a colônia.   
b) existência de uma organização partidária de negros livres e escravizados, que regulava ações conjugadas em toda a colônia pela extinção do trabalho escravo.   
c) participação de grande número de escravizados e negros livres na guerra de independência do Brasil, que poderia evoluir para uma luta contra o regime de escravidão.   
d) Ameaça de união entre as organizações antiescravistas brasileiras e os grupos revolucionários que estabeleceram uma República de negros no Haiti, no final do século XVIII.   
e) aliança firmada entre os negros libertos e os portugueses contra os proprietários de terras brasileiros, que poderia resultar num decreto do governo lusitano extinguindo o trabalho escravo na colônia.    

4. (Fuvest 2015)  Considerando-se o intervalo entre o contexto em que transcorre o enredo da obra Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e a época de sua publicação, é correto afirmar que a esse período corresponde o processo de 
a) reforma e crise do Império Português na América.    
b) triunfo de uma consciência nativista e nacionalista na colônia.    
c) Independência do Brasil e formação de seu Estado nacional.    
d) consolidação do Estado nacional e de crise do regime monárquico brasileiro.    
e) Proclamação da República e instauração da Primeira República.   
  
5. (Unicamp 2015)  Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária, tornado mais vivo depois da Independência. (…) O Romantismo apareceu aos poucos como caminho favorável à expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e modelos que permitiam afirmar o particularismo, e portanto a identidade, em oposição à Metrópole (…). 
CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.

Tendo em vista o movimento literário mencionado no trecho acima, e seu alcance na história do período, é correto afirmar que
a) o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a vinda da família real, em 1808, quando houve a introdução da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no país.   
b) o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmação das identidades locais, expressando um viés decadentista e cético quanto à civilização nos trópicos.    
c) os autores românticos foram importantes no período por produzirem uma literatura que expressava aspectos da natureza, da história e das sociedades locais.   
d) a população nativa foi considerada a mais original dentro do Romantismo e, graças à atuação dos literatos, os indígenas passaram a ter direitos políticos que eram vetados aos negros.   

6. (Fuvest 2015) 

Tornando da malograda espera do tigre, 1alcançou o capanga um casal de velhinhos, 2que seguiam diante dele o mesmo caminho, e conversavam acerca de seus negócios particulares. Das poucas palavras que apanhara, percebeu Jão Fera 3que destinavam eles uns cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à compra de mantimentos, a fim de fazer um moquirão*, com que pretendiam abrir uma boa roça.
            - Mas chegará, homem? perguntou a velha.
            - Há de se espichar bem, mulher!
            Uma voz os interrompeu:
            - Por este preço dou eu conta da roça!
            - Ah! É nhô Jão!
            Conheciam os velhinhos o capanga, a quem tinham por homem de palavra, e de fazer o que prometia. Aceitaram sem mais hesitação; e foram mostrar o lugar que estava destinado para o roçado.
            Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus olhos descobriram entre os utensílios a enxada, a qual ele esquecera um momento no afã de ganhar a soma precisa, que sem mais deu costas ao par de velhinhos e foi-se deixando-os embasbacados. 
ALENCAR, José de. Til.

* moquirão = mutirão (mobilização coletiva para auxílio mútuo, de caráter gratuito).  

Considerada no contexto histórico-social figurado no romance Til, a brusca reação de Jão Fera, narrada no final do excerto, explica-se 
a) pela ambição ou ganância que, no período, caracterizava os homens livres não proprietários.    
b) por sua condição de membro da Guarda Nacional, que lhe interditava o trabalho na lavoura.    
c) pela indolência atribuída ao indígena, da qual era herdeiro o “bugre”.    
d) pelo estigma que a escravidão fazia recair sobre o trabalho braçal.    
e) pela ojeriza ao labor agrícola, inerente a sua condição de homem letrado.    
  
7. (Uepa 2015)  Leia o texto para responder à questão. 

(...) Sendo, pois chegada a época de ver o Brasil a justiça da sua Causa de acordo com os interesses e as vistas de Inglaterra não cessarei de lembrar a V. Sra. quanto importa aproveitar tão felizes circunstâncias; elas são tão favoráveis que sendo manejadas com aptidão e habilidade de V. Sra. darão em resultado o reconhecimento pronto e formal deste Império pela Inglaterra, sem talvez haver precisão de o fazer dependente de condições algumas; pois bem longe de estarmos agora em circunstâncias de propor e pedir, mui pelo contrário, a própria Inglaterra sentirá por si mesma a necessidade de reconhecer a nossa independência e contrabalançar a influência do Governo [francês], que ora domina os conselhos de Madrid e de Lisboa ...” 
(Arquivo da Independência, vol. I, p. 56.)
  
A correspondência de Carvalho e Mello, Secretário dos Negócios Estrangeiros do Brasil, em 1824, revela características da diplomacia brasileira no sentido do reconhecimento da independência. No texto, fica evidente o interesse em:
a) utilizar o cenário político europeu favoravelmente ao Brasil.   
b) oferecer a abolição do tráfico negreiro como condição.   
c) resistir ao pagamento de indenização em dinheiro.   
d) buscar fazer acordo com Portugal e Espanha.   
e) participar do jogo de alianças internacionais.   


8. (Ufpb 2012) A pintura é uma manifestação artística que pode ser utilizada como fonte histórica, reforçando uma versão da história. Nesse sentido, observe o quadro do pintor paraibano Pedro Américo: 






No campo da historiografia, essa imagem: 

a) sintetiza o verdadeiro sentimento de toda a nação em relação a Portugal. 
b) expõe a luta de classes existente no país no período da independência. 
c) expressa o apoio popular ao processo de autonomia política do Brasil. 
d) representa uma visão heroica e romanceada da separação política do país. 
e) mostra a independência como anseio de grupos subalternos.

  
9. (Pucrs 2015)  Considere as afirmações abaixo sobre o Período Imperial brasileiro (1822-1889).

I. O Primeiro Reinado caracterizou-se pelos constantes conflitos entre o Imperador e as elites do País, tendo em vista que D. Pedro I praticamente governou de forma autoritária, desconsiderando o Legislativo.
II. Durante o Período Regencial, os governantes deixaram de ser hereditários e passaram a ser selecionados por eleições, o que leva a historiografia a considerar essa fase como sendo a primeira experiência republicana no País, pois os regentes eram escolhidos pelo voto universal direto.
III. O Segundo Reinado foi um período de grande estabilidade política da história imperial, pois o imperador D. Pedro II ficou quase 50 anos no poder, governando com o apoio de um só partido, o Partido Conservador.
IV. Dentre os fatores que contribuíram para a crise do regime imperial, podemos elencar o conflito do Imperador com o Exército, a crise entre a monarquia e a Igreja e, por fim, a abolição da escravidão, que levou a elite cafeicultora fluminense a romper politicamente com a monarquia.

Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e III.   
b) I e IV.   
c) II e III.   
d) I, II e IV.   
e) II, III e IV.   
  
10. (Fgv 2015)  Observe o mapa.
Os dados do mapa mostram que a emancipação política do Brasil
a) efetivou-se com o chamado Grito do Ipiranga, porque todas as províncias do Brasil, imediatamente, passaram a obedecer às ordens vindas do Rio de Janeiro na pessoa do Imperador Dom Pedro I e romperam todos os laços com as Cortes de Lisboa, defensoras da recolonização brasileira.   
b) ocorreu de forma homogênea, com a divisão da liderança do movimento emancipacionista entre os principais comandos regionais do Brasil e com a constituição de acordos políticos que garantiram a unidade territorial e a efetivação do federalismo.   
c) dividiu as regiões brasileiras entre as defensoras de uma emancipação vinculada ao fim do tráfico de escravos, caso das províncias do Norte e do Nordeste, e as províncias do Centro-Sul, contrárias à separação definitiva de Portugal e favoráveis à constituição de uma monarquia dual.   
d) foi um processo complexo, no qual não houve adesão imediata de algumas províncias ao Rio de Janeiro, representado pelo poder do imperador Dom Pedro I, pois essas províncias continuaram fiéis às Cortes de Lisboa, levando à guerras de independência.   
e) diferencia-se radicalmente das experiências da América espanhola, porque a América portuguesa obteve a sua independência sem que houvesse qualquer movimento de resistência armada por parte dos colonos ou da metrópole, interessados em uma separação negociada.   
  
11. (IFSC 2015)  O processo de independência do Brasil foi efetivado com o Grito do Ipiranga de D. Pedro I, em 1822. Alguns historiadores aceitam que esse processo pode ser analisado desde o ano de 1808. Sobre o período de 1808 a 1822, é CORRETO afirmar que:
a) Em 1821, D. Pedro I tentou proclamar a independência, porém foi sufocado pela Revolução Pernambucana.   
b) O ano de 1808 é marcado pela vinda da família real portuguesa ao Rio de Janeiro.   
c) No ano de 1815, toda a família real portuguesa retornou a Portugal, permitindo a José Bonifácio articular a independência com seu filho Pedro.   
d) A abertura dos portos em 1815 tirou o Brasil do status de colônia, pois poderia comercializar com todos os países com tarifas iguais.   
e) O Grito do Ipiranga foi apenas simbólico. Desde 1821, o Brasil não tinha nenhuma ligação política com Portugal.   
  
12. (Uern 2015)  Observe o quadro.

A partir da análise do quadro e tendo em vista o contexto do Brasil no I Império, é possível classificar o voto, naquele período, como
a) censitário, amplo, indireto e irrestrito.   
b) universal, masculino, direto e representativo.   
c) censitário, masculino, indireto e em dois graus.   
d) universal, apartidário, direto e em quatro graus.   
  
13. (Uepa 2014)  A crise política do I Império Brasileiro, que resultou na abdicação de D. Pedro I, teve como cerne a disputa entre a inclinação centralista-absolutista do monarca e a defesa do federalismo pelas elites econômicas regionais. A renúncia do imperador em 1831 resultou:
a) na transferência de poder às elites regionais e aos regentes, ordem política que se mostrou frágil e abriu caminho para levantes oposicionistas e populares.   
b) na transformação imediata de Pedro II em monarca do Reino Português na linha de sucessão da Casa de Bragança.   
c) no fortalecimento de movimentos separatistas regionais, em desacordo com a manutenção do regime monárquico e da escravidão.   
d) no surgimento de grupos políticos republicanos, que seriam embrionários do movimento que promoveu a Proclamação da República em 1889.   
e) na emergência de uma identidade nacional brasileira, em oposição a qualquer posição de mando de autoridades portuguesas em território nacional.   


14. (Uern 2015) No Brasil, logo após a independência política em relação a Portugal, foi necessário obter o reconhecimento internacional para consolidar-se política e economicamente no quadro das nações de fato independentes. Sobre o(s) primeiro(s) país(es) a reconhecer(em) o Brasil como país soberano, assinale a alternativa correta.
a) Foi a França, interessada em avançar com seu território da Guiana Francesa e estabelecer novas colônias.   
b) Trata-se da Inglaterra, interessada em efetivar o imperialismo que já vinha exercendo desde antes da independência.   
c) Foram os EUA, que tinham em vista as futuras alianças comerciais e a diminuição das influências inglesas em nosso país.   
d) Foram a Argentina e o Paraguai, recentemente independentes, interessados em formar uma América Latina forte e ampliar o comércio na Bacia do Prata.   

17 comentários:

  1. Muito bom para testar. Gostei muito!

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  2. A opção pelo regime monárquico no Brasil não por medo de reformas mais democráticas ? Q13

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  3. muito bom.Vai me ajudar muito na avaliação de amanhã.

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  4. Bom demais!! Isso ajuda bastante pro vestibular!
    Grande abraço!
    @faberchileno21

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  5. Exercício maravilhoso, me ajuda sempre nas provas.

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  6. Muito bom para estudar! Obrigada

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  7. A Constituição de 1824 foi outorgada, não? D.Pedro I impôs a constituição sem uma avaliação dos membros da assembleia sendo que ele havia dissolvido.

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  8. Muito bons exercícios, comunicarei aos meus amigos sobre este site. Obrigado...
    Continuem assim.

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  9. Muito bom pra estudar! Obrigado!

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  10. ola como vão
    vlw por tudo

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  11. O meu celular não estar aparecendo o gabarito, e queria ver as respostas, podem mim ajudar

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