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domingo, 30 de junho de 2013

Semana de Arte Moderna de 1922: Rebuliço no Teatro Municipal



Inovadores, inconformados e iconoclastas. Os jovens artistas e intelectuais da Semana de Arte Moderna eram do contra. Eles tiraram as noites de 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922 para bagunçar o coreto da recatada sociedade paulista e seus barões do café.

A proposta era virar a arte brasileira de cabeça para baixo. Se dependesse deles, seriam banidos de vez todos os academicismos, tradições e modelos das escolas da época. Eles queriam libertar os artistas das regras rígidas da estética clássica.

Contra o atraso e os conservadores, a arte de vanguarda. O momento era de renovação. Romper com o passado significava pegar carona no futurismo, no dadaísmo, no surrealismo, no cubismo. Todos os "ismos" que vinham da Europa seriam traduzidos no Brasil em um só movimento: o modernismo.

Porém, longe de copiar a cartilha que vinha de fora, eles pregavam a valorização da identidade nacional em nossa cultura. Era preciso incorporar nosso folclore, nossos ritmos, nosso tempero e nossa rica maneira de falar.

Entre os modernos, estavam os escritores Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia e Graça Aranha, a artista plástica Anita Malfatti e o compositor Villa-Lobos.

O grupo era mesmo muito atrevido. Foi defender seu caldeirão de idéias em ebulição no campo do adversário, em pleno Teatro Municipal de São Paulo. O palco principal da alta burguesia paulista jamais presenciara tamanho alarde. E a Semana de Arte Moderna chacoalhou tanto a arte brasileira que ela nunca mais foi a mesma.

Polêmicas da semana

Concertos, declamações, recitais, conferências, musicais e exposições. Os modernistas usaram todos os artifícios nas noites de 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922 para pôr em xeque a forma de fazer arte no país.

Para eles, as formas de expressão tradicionais, embora consagradas, já tinham se esgotado. Já não podiam mais representar o mundo do automóvel, do avião, da indústria e das metrópoles. O mundo tinha mudado, a arte também deveria mudar.

O ataque à arte clássica foi tão enfático e radical que muitas vezes descambou para a chacota, a provocação e o deboche. Se colheram os louros por terem revolucionado a arte brasileira, os modernistas tiveram, antes disso, de escutar muita vaia.

Disponível em Educacional


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