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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Achados manuscritos cristãos raros


Descobertas arqueológicas recentes podem revelar ao mundo os primeiros rituais religiosos dos cristãos egípcios, conhecidos como coptas. Três manuscritos coptas do século 5, em diferentes tamanhos e estados de conservação, foram encontrados em março último num túmulo faraônico de 2000 a.C, em Gurna, a 700 quilômetros ao sul do Cairo, pela equipe do pesquisador Thomas Gorik.
No século 4, sob dominação romana, o cristianismo tornou-se a religião oficial do Egito. Em 395, com a divisão do Império Romano em dois (e o Egito passando a fazer parte da porção oriental), o cristianismo mesclou-se com valores culturais locais, adquirindo características próprias e distintas do cristianismo romano. Essa diferença ficou ainda mais acentuada em 451, com a formação da Igreja Copta (a ruptura se deu porque os egípcios não aceitaram a visão romana de que Cristo teria uma natureza humana, além da divina).
Pergunta 1: o que os manuscritos faziam na tumba faraônica? De acordo com Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antigüidades Egípcias, os documentos escondidos podem evidenciar "a perseguição que sofriam os coptas durante o império romano". Pergunta 2: o que motivava essas perseguições? "Desde o século 1, uma das grandes preocupações dos governantes era controlar os grupos dissidentes que ameaçavam o poder político e a integridade do império", afirma Cássio de Araújo Duarte, especialista em arqueologia egípcia da USP.
A resposta completa, porém, pode estar nos manuscritos encontrados. Os arqueólogos acreditam que eles contenham as interpretações coptas para os evangelhos. Decifrando-os, será possível entender o nível de diferença entre as crenças e a razão das perseguições.

por Fernanda Almeida

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